Sintomas e tratamentos
(Filme) Geração Prozac
Finalmente assisti o tão falado "Geração Prozac" de 2001. O filme é baseado no livro de uma mulher chamada Elisabeth e a história é real. Eu não gostei do filme, achei um pouco confuso e não compreendi qual é a conclusão da história. Espero que o livro seja melhor e explique o que ficou faltando.
Vale a pena assistir (mesmo porque a sua opinião pode ser diferente da minha), pois a personagem demonstra muito bem os altos e baixos de um transtorno mental. Acho que o filme é sobre depressão, mas na verdade talvez ela estava mais para uma pessoa com transtorno de personalidade do que de humor (mas não sou psiquiatra e nem estava na pele dela para julgar).
O que eu gostei bastante foi a comparação do Prozac como uma droga, e o psiquiatra como o traficante. O Prozac, de repente, surgiu como a solução para todos os problemas da mente, pois dava a sensação de que tudo ficaria bem, e com o tempo, pelo menos, mentalmente, ficava. Mas, como a personagem disse, o remédio mascara o sofrimento, e não cura nada. Você se sente mesmo melhor, mais disposto, mais alegre, mas basta um momento de solidão consigo mesmo e você percebe lá no fundo a mesma velha tristeza e o vazio de sempre em um grito sufocado pela química.
Eu tomei esse remédio por alguns meses, mas ele não era o certo para mim, pois me deixava mais irritada do que eu já estava. A combinação rivotril + prozac para quem é borderline não parece ser muito boa segundo pesquisas norte-americanas (pesquisas que parecem nunca chegar ao Brasil). Mas, também, a ciência deveria considerar a individualidade das pessoas quando prescrevem essas drogas, afinal nada funciona 100% para 100% das pessoas. Eu me senti muito melhor sem o Prozac, apesar de ter entrado mais uma vez em estado depressivo.
O que eu queria deixar registrado é que essas drogas são úteis sim, quando a coisa está muito grave, mas não são a solução, não curam nada e todo mundo que usa sabe disso. Algumas "doenças" devem ser tratadas com medicamentos para sempre (como qualquer outra doença física) e não há mal algum nisso (exceto os efeitos colaterais) se a sua vida for ficar melhor, porém, existem doenças menos graves que não necessitam de remédios para sempre, e, nesses casos, eu sou a favor sim de uma complementação com a medicina alternativa ou ferramentas como a meditação, pois isso ajuda o paciente a ter controle sobre si mesmo e identificar o que o deixa melhor ou pior. Mas a escolha é sempre nossa, eles dizem...
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