SM é uma mulher de 44 anos que não tem medo de cobras, não se assustou com o filme “Aracnofobia” e nem com “Bruxas de Blair”.
SM não é uma psicopata de sangue frio nem uma heroína que tem controle total de suas emoções. Ela é uma mãe de três crianças com um comprometimento psicológico específico, resultado de uma rara doença genética que altera uma estrutura do cérebro chamada amígdala.
Seu caso mostra que a amígdala desempenha um papel chave em fazer as pessoas sentirem medo em situações de perigo, dizem os pesquisadores.
A história de SM mostra também que viver sem medo pode ser muito perigoso. O estudo sobre sua falta de medo, realizado pela Universidade de Iowa, foi publicado nesta quinta-feira (16) no periódico científico Current Biology.
SM tem sido estudada há mais de 20 anos, e muitos trabalhos têm sido publicados sobre suas anomalias relacionadas ao medo. Ela tem dificuldade em reconhecer expressões faciais de medo, por exemplo.
Em outro estudo, publicado em 1995, ela era obrigada a ouvir o som alto de uma corneta cada vez que aparecia um quadrado azul na tela do computador. Apesar da buzinas repetidas, ela nunca desenvolveu o medo que uma pessoa normal sentiria ao ver o quadrado azul.
Em outro estudo, SM mostrou pontuação normal em testes de inteligência, memória e linguagem e demonstrou outras emoções diferentes de medo.
SM recorda ter sentido medo quando era criança, no dia em que foi encurralado por um dobermann que rosnava. “Mas talvez isto tenha acontecido antes de sua doença afetou seu cérebro”, disse Justin Feinstein, que liderou o estudo.
Aparentemente, ela nunca sentiu medo em sua fase adulta, nem mesmo há 15 anos quando um homem saltou em sua frente colocou uma faca em seu pescoço e grito que ia matá-la.
SM, que ouvia ao fundo o canto de um coral de igreja, olhou para o assaltante friamente e disse “Se você vai me matar, será preciso primeiro passar por cima dos anjos de Deus, primeiro”. Imediatamente, o homem a deixou sair. SM voltou para casa andando.
“Sua ausência de medo deve ter assustado o homem”, disse Feinstein. Mas isto também a coloca em situações de perigo.
Para o experimento, os pesquisadores expõem SM a situações assustadoras - cobras, cenas de filmes de horror e da casas mal assombradas. Eles observaram o comportamento dela e mediram seus níveis de medo.
Embora ela tenha dito que odiava cobras e aranhas e que preferiria evitá-las, não foi isso o que aconteceu em uma loja de animais. “Isto é tão legal”, disse após a experiência.
. Quando questionada sobre seu nível de medo, ela nunca passou do número dois. A mesma situação se repetiu ao assistir filmes de terror e ao visitar uma casa mal-assombrada.
(fonte: IG)
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