Asma infantil
Sintomas e tratamentos

Asma infantil


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O que é Asma infantil?

Asma é uma doença crônica em que as vias aéreas ficam inflamadas. A asma infantil quadro é mais preocupante, pois suas vias respiratórias tem um calibre menor do que a dos adultos, portanto qualquer inflamação pode ser mais prejudicial e impedir a passagem de ar. Por isso mesmo, a asma infantil costuma causar mais hospitalizações e visitas à emergência do que a asma em adultos.

Causas

Ninguém sabe exatamente o que provoca asma infantil, uma vez que cada pessoa apresenta uma sensibilidade a gatilhos diferentes. Dessa forma, é importante entender o que causa seus ataques de asma e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou buscar tratamentos mais adequados. Aqui estão os gatilhos mais comuns da asma:

Substâncias e agentes alérgenos

Cerca de 80% das pessoas com asma sofrem crises quando expostas a alguma substância transportada pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça de cigarro e partículas de insetos. Substâncias químicas como tinta, desinfetantes e produtos de limpeza também podem desencadear uma crise. Quando aspirados, esses agentes podem irritar os brônquios, levando a uma crise. Infecções virais, como o resfriado comum ou a gripe, também constituem causa importante para o desencadeamento de uma crise de asma.

Alimentação

Alergias alimentares podem causar crises de asma infantil. Os alimentos mais comuns associados com sintomas alérgicos são:
  • Ovos
  • Leite de vaca
  • Amendoins
  • Soja
  • Trigo
  • Peixe
  • Camarão e outros crustáceos
  • Saladas e frutas frescas.
Alguns conservantes e aditivos acrescentados dos alimentos industrializados também podem desencadear uma crise de asma.

Asma noturna

Asma noturna é um tipo comum da doença. Se seu filho tem asma infantil, as chances de sofrer uma crise são muito mais elevadas durante o sono, porque a asma é fortemente influenciada pelo ritmo circadiano (ciclo biológico que regula as funções do nosso corpo, geralmente de acordo com a luz do sol). Acredita-se que a asma noturna acontece devido ao aumento da exposição aos alérgenos, ao resfriamento das vias aéreas, a posição reclinada ou até mesmo pelas secreções hormonais.

Se seu filho tem asma infantil, observe se os sintomas pioram quando a noite avança. Caso isso aconteça, procure um médico para descobrir as causas das crises de asma e buscar o tratamento mais adequado.

Mudanças de temperatura

O choque de temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias respiratórias mais sensíveis, como as crianças com asma infantil. Além das crises de asma, é comum haver piora de rinite ou tosse. A mudança do calor para o frio pode desencadear uma resposta na mucosa brônquica que, por meio de estímulos nos receptores nervosos de temperatura ou pela liberação de substâncias alergênicas, pode desencadear uma crise.



Fatores de risco

Histórico familiar

A asma infantil é uma doença que tem em seu bojo características genéticas. Pessoas com casos de alergias na família tem uma predisposição genética para desenvolver quadros alérgicos no geral, e o relacionado ao pulmão é a asma.

Histórico de alergias

A asma infantil é uma doença caracterizada pela presença de uma reação exagerada das vias aéreas, ou seja, por um mecanismo de defesa aumentado. Esse é o pano de fundo em outras alergias, desde respiratórias até cutâneas. Dessa forma, uma pessoa que tenha algum tipo de alergia tem uma maior predisposição a ter outros tipos, dentre eles a asma, uma vez que seu corpo tende a reagir de forma excessiva aos estímulos externos.

Obesidade

Crianças com obesidade tem maior risco de asma infantil. Isto ocorre porque a obesidade desencadeia uma série de processos inflamatórios - e a asma nada mais é do que um processo inflamatório em nossos brônquios. A obesidade é uma "facilitadora" desse processo.

Baixo peso ao nascer e hábitos da gravidez

Os bebês filhos de mães tabagistas tem menor peso, devido aos infartos que o cigarro causa na placenta, dificultando a nutrição do bebê durante a vida intrauterina. Apesar de alguma controvérsia, existe uma relação entre baixo peso ao nascer e asma até os cinco anos de idade. Isso acontece porque o pulmão só se forma plenamente no fim de gestação. Por isso o bebê prematuro tem mais risco de ter quadros inflamatórios no pulmão. É importante ressaltar que só podemos dizer que uma criança é asmática após os dois anos de vida. Antes disso ela é um bebê chiador.
Outros comportamentos durante a gestação aumentam o risco de o bebê ter alergia, tais como dormir mal, transtorno de ansiedade e depressão.

 sintomas



Sintomas de Asma infantil

A asma infantil tem os mesmos sintomas da asma dos adultos, só que muitas vezes eles são agravados, devido ao calibre menor das vias aéreas das crianças. Entre os sintomas mais comuns da asma infantil encontramos:
  • Dificuldade em respirar
  • Tosse frequente
  • Sibilos e chiado no peito
  • Respiração encurtada
  • Congestão no peito
  • Fadiga constante
  • Dor no peito, principalmente em crianças menores.
Muitas vezes a criança pode sentir dificuldade para acompanhar o ritmo dos amigos em brincadeiras e exercícios.
Alguns sintomas indicam situações de emergência, como:
  • Lábios e rosto de cor azulada
  • Nível diminuído de agilidade, como sonolência grave ou confusão, durante um ataque de asma
  • Extrema dificuldade de respirar
  • Pulsação rápida
  • Ansiedade grave devido à deficiência respiratória
  • Sudorese.

Diagnóstico de Asma infantil

O principal para o diagnóstico de asma infantil é a história do paciente e os exames subsidiários. Crianças menores de seis anos ainda não tem seu sistema respiratório plenamente desenvolvido, portanto é difícil ter um diagnóstico preciso da asma infantil antes dessa idade.
Crianças maiores podem ser submetidas aos mesmos exames que os adultos. Veja quais são eles:

Função pulmonar

No teste de função pulmonar, você assopra em um tubo ligado a um computador que vai medir a função dos pulmões. Se o paciente estiver tendo uma crise de asma naquele momento, ele assopra no tubo uma primeira vez, e novamente após usar um broncodilatador. O seu médico lhe dará instruções sobre como controlar a respiração corretamente. Se a função pulmonar estiver alterada no primeiro resultado e estabilizada no segundo, tem-se um diagnóstico de asma.
Entretanto, muitas vezes o asmático chega ao médico contando uma história típica de asma, mas o exame dá normal, pois ele não está em crise. Nesses casos, o médico pode solicitar a chamada broncoprovocação, ou seja, expõe o paciente a um agente inflamatório em nível controlado e observa. Se ele iniciar uma crise, é muito suspeito para a asma, confirmando após o término do exame.

Espirometria

Esse teste avalia o estreitamento dos seus brônquios, verificando a quantidade de ar que você pode exalar depois de uma respiração profunda e quão rápido você pode colocar o ar para fora. O exame de espirometria se encontra dentro do exame de função pulmonar. Caso os seus pulmões não estejam inspirando todo o ar que deveriam, é um sinal de que seus pulmões podem não estar funcionando bem.

Exames adicionais

Outros testes para diagnosticar a asma incluem:
Teste de óxido nítrico: embora pouco usado, esse teste mede a quantidade do gás óxido nítrico que você tem em sua respiração. Quando as vias aéreas estão inflamadas um sinal de asma você pode ter níveis maiores de óxido nítrico do que pessoas saudáveis
Exames de imagem: radiografia de tórax e tomografia computadorizada (TC) dos seus pulmões e cavidades do nariz podem identificar quaisquer anormalidades estruturais ou doenças que estejam causando ou agravando problemas respiratórios.
Gasometria arterial: a gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue.

Na consulta médica


Especialistas que podem diagnosticar a asma infantil são:
  • Pediatra
  • Pneumologista.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Quais os principais sintomas que seu filho apresenta?
  • Há quanto tempo seu filho vem sentido esses sintomas?
  • Quão severos são os sintomas do seu filho?
  • Seu filho apresenta problemas respiratórios sempre, ou só em certas situações?
  • Seu filho tem alergias, como dermatite atópica ou rinite?
  • Existe algo que pareça piorar os sintomas da criança?
  • Existe algo que pareça melhorar os sintomas da criança?
  • Existem casos de alergia ou asma na família?.
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para asma infantil, algumas perguntas básicas incluem:
  • É asma a causa mais provável dos problemas respiratórios do meu filho?
  • Quais são as outras causas possíveis para estes sintomas?
  • Que tipos de testes que meu filho precisa?
  • Esta condição provavelmente temporária ou crônica?
  • Qual é o melhor tratamento?
  • Quais são as alternativas para a abordagem primária que você está sugerindo?
  • Meu filho tem essas outras condições de saúde. Qual a melhor forma de gerenciá-las juntas?
  • Existem restrições que meu filho precisa seguir?
  • Existe uma alternativa genérica para o medicamento que você está prescrevendo?
  • Há algum livro ou outro material impresso que eu posso levar para casa comigo? Quais sites você recomenda visitar?.
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Buscando ajuda médica


É importante marcar uma consulta médica quando a criança apresentar os sintomas da asma infantil, como dificuldade para respirar, chiado no peito, tosse constante e fadiga.
Em caso que a criança tiver uma crise de asma, que envolve dificuldade extrema em respirar, pulsação rápida e sonolência, entre outros, procure por um atendimento de emergência.

Tratamento de Asma infantil

Prevenção e controle são a chave para impedir que os ataques de asma infantil comecem. As medicações de uso contínuo servem para minimizar a sensibilidade e a inflamação as quais os brônquios da criança asmática estão sujeitos, fazendo com que os pulmões reajam com menos intensidade aos agentes irritantes, como poeira e ácaros. Diferente dos broncodilatadores, que apenas revertem o quadro de contração do brônquio, os medicamentos contínuos funcionam para evitar que essas reações aconteçam. Veja as linhas de tratamento para a asma infantil:

Medicamentos contínuos

Os medicamentos da asma infantil perfeitos para o perfil do seu filho dependem de uma série de coisas, incluindo sua idade, seus sintomas, seus gatilhos de asma e o que parece funcionar melhor para manter a sua doença sob controle. Os medicamentos preventivos de controle em longo prazo reduzem a inflamação nas vias aéreas, impedindo que os sintomas se iniciem. Os medicamentos contínuos, geralmente tomados diariamente, são a base do tratamento da asma infantil. Eles incluem:
  • Corticosteroides inalados: essa classe de medicamentos inclui fluticasona, budesonida, mometasona, ciclesonida, flunisolide, beclometasona e outros. Seu filho pode precisar usar esses medicamentos durante vários dias ou semanas antes que eles atinjam o seu máximo benefício. Ao contrário de corticosteroides orais, esses medicamentos têm um risco relativamente baixo de efeitos colaterais e são geralmente seguros para uso contínuo, uma vez que agem diretamente nos pulmões, em vez de passarem primeiro pela corrente sanguínea. As inalações são feitas com inaladores portáteis, por meio de sprays ou em forma de pó – esse último inalado por meio de um instrumento próprio. O tempo de ação pode ser de quatro, 12 ou 24 horas, e o espaço entre as inalações varia conforme esse intervalo. Mais de 95% dos casos de asma podem ser controlados com o uso de corticoides
  • Modificadores de leucotrienos: são medicamentos orais, incluindo o montelucaste, zafirlucast e zileuton. Eles podem ser encontrados em forma de comprimidos, xaropes ou sachês. Eles interferem no processo inflamatório dos pulmões, e raramente são usados de forma isolada, sendo associado ao uso de corticoides. As doses e intervalos de utilização variam conforme o caso e a associação de medicamentos que está sendo feita
  • Beta-agonistas de longa duração: são medicamentos inaláveis, e incluem salmeterol e formoterol. Sua função é abrir as vias aéreas – ou seja, é um broncodilatador. Normalmente são usados em associação com corticosteroides – chamados assim de inaladores de combinação. Esses medicamentos não devem ser usados durante um ataque de asma
  • Teofilina: a teofilina funciona principalmente como broncodilatador, mas possui efeito anti-inflamatório, sendo também associada aos corticoides. O medicamento deve ser ministrado a cada 12 horas, e as doses também variam conforme o paciente.

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/asma-infantil



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