Sintomas e tratamentos
Audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, do Senado, trata do suicídio como questão de saúde pública
Antecedentes e contexto
De autoria dos senadores Hélio José, Cristovam Buarque e outros, o requerimento da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa nº 165, de 2015 foi elaborado no dia 9 de outubro de 2015 e menos de um mês depois houve o evento.
A ementa do requerimento é esta:
Requer que seja realizada, no âmbito desta Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa,
audiência pública para debater estratégias e políticas públicas de prevenção ao suicídio e de promoção da vida.
Sugerimos que sejam convidadas as seguintes pessoas para a mencionada audiência:
Antônio Geraldo da Silva – Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria;
Marcelo da Silva Araújo Tavares – Professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília;
Eveni Meireles Costa dos Santos – Representante do setor de Saúde Mental do Conselho Nacional de Saúde;
Lúcio Costa – Coordenador de Direitos Humanos de Saúde Mental, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
Volnei Garrafa – Professor de Bioética da Universidade de Brasília;
Olga Oliveira – Médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal;
Alexandrina Maria Augusta da Silva Meleiro – Médica da Universidade de São Paulo;
Ana Beatriz Barbosa Silva – Psiquiatra, autora do livro "Mentes Perigosas".
Cobertura jornalística
Serviços de saúde mental precisam alcançar pessoas em crises ou desespero, diz professor da UnB
Este foi o título da chamada para o vídeo em que Lúcio Costa e Marcelo da Silva Araújo Tavares debatem o tema. Pode ser assistido aqui.
A notícia
CDH debate com especialistas políticas públicas para prevenir casos de suicídio
Agência Senado
O suicídio é uma epidemia silenciosa e mata mais de 10 mil brasileiros por ano. A avaliação foi feita em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa nesta quinta-feira (5). O encontro discutiu com especialistas e autoridades governamentais as estratégias e políticas públicas desenvolvidas para prevenir os casos de suicídio no país.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo. No Brasil, quase 12 mil pessoas se matam por ano e a tendência é de crescimento destas mortes entre adolescentes e jovens. Nos últimos dez anos, a taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre os brasileiros de 15 a 29 anos. Os números, considerados alarmantes, foram revelados na audiência pública. O autor do pedido, senador Hélio José (PSD-DF), lamentou que o suicídio ainda seja um tema cercado por tabus e preconceitos e disse que o problema representa uma epidemia no Brasil e no mundo.
— Muitos já falaram mas é preciso reprisar. Vivemos uma epidemia silenciosa. De fato é uma epidemia que está afetando muita gente perto da gente. Por isso é importante estarmos aqui discutindo este tema.
Os médicos e psicólogos participantes lembraram que há diversas oportunidades para salvar a vida de quem pensa em se matar e explicaram que é importante falar sobre o assunto e dar voz a quem sofre. Professor de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Tavares argumentou que as campanhas educativas e ações de prevenção são eficientes e defendeu que o suicídio deve ser tratado como um problema de saúde pública, com políticas e programas específicos.
— Nossos desafios são muito grandes. O contexto da prevenção do suicídio é muito mais amplo, requer que a gente pense nas nossas crianças, nos nossos adolescentes, nos nossos idosos, nas profissões de risco e nas pessoas que possam ter experiências agudas de sofrimento.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) trabalha há 53 anos na prevenção do suicídio. A entidade atende vinte e quatro horas por dia no telefone 141, por e-mail ou bate papo na internet, no endereço www.cvv.org.br.
Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/11/05/cdh-debate-com-especialistas-politicas-publicas-para-prevenir-casos-de-suicidio/
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