Colesterol total: exame pode prevenir infarto e AVC
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Colesterol total: exame pode prevenir infarto e AVC


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O exame de colesterol total - também chamado de painel ou perfil lipídico - mostra os níveis de colesterol e triglicérides na corrente sanguínea. Este exame de sangue ajuda a determinar o risco de obstrução das artérias por formação de placas de gordura (aterosclerose). Altos níveis de colesterol geralmente não causam sintomas, por isso é importante fazer a dosagem regularmente.
A única forma conhecida de diagnosticar a hipercolesterolemia é através do exame de colesterol total e frações. A detecção precoce da hipercolesterolemia pode prevenir diversas doenças como infarto e AVC.

Sinônimos

Colesterol total e frações

Indicações

O exame de colesterol total é recomendo para todos os adultos saudáveis ao menos uma vez a cada cinco anos. O teste pode ser feito em intervalos menores por pessoas com maior risco para doenças cardiovasculares ou já fazem acompanhamento com dieta e medicamentos para controlar os níveis de colesterol.

Os fatores de risco para colesterol alto incluem:

  • Tabagismo
  • Idade (homens acima de 45 anos e mulheres acima de 55 anos)
  • Hipertensão
  • Histórico familiar de doença cardíaca
  • Doença cardíaca pré-existente
  • Infarto anterior
  • Diabetes
  • Obesidade e sobrepeso
  • Consumo excessivo de alimentos ricos em colesterol, gordura saturada e gordura trans.
Crianças também devem fazer o exame de colesterol total, preferencialmente entre 9 e 11 anos, repetindo o exame entre 17 e 21 anos. Jovens com risco aumentado para hipercolesterolemia podem fazer testes com mais frequência.

Segundo a Academia Americana de Pediatria, crianças com alto risco para doenças cardiovasculares devem fazer o exame de colesterol total e frações entre 2 e 10 anos de idade, sendo que crianças mais novas não podem ser submetidas ao teste. Se o primeiro exame mostra resultados normais, os próximos podem ser feitos a cada três ou cinco anos.

Contraindicações

Por ser um exame de sangue comum, não há contraindicações expressas para o exame de colesterol total e frações.

Grávida pode fazer?

Mulheres durante a gravidez estão autorizadas a fazer o exame conforme orientação médica, não havendo contraindicação expressa. Inclusive, a dosagem de colesterol total e frações pode fazer parte dos exames pré-natais.

Preparo para o exame

Para fazer o exame de colesterol total, é necessário de três a 12 horas de jejum conforme a idade do paciente:
  • De 0 a 1 ano: jejum mínimo de três horas
  • De 1 a 5 anos: jejum mínimo de seis horas
  • Acima de 5 anos: jejum mínimo de 12 horas.
Além disso, é vetado o consumo de bebidas alcoólicas nas 72 horas anteriores ao exame. Deve ser mantida a dieta habitual.

Como é feito

Em um hospital ou laboratório, o exame de colesterol total é realizado por um profissional de saúde da seguinte forma:
  • Com o paciente sentado, é amarrado um elástico em volta do seu braço para interromper o fluxo de sangue. Isso faz com que as veias fiquem mais largas, ajudando o profissional a acertar uma delas
  • O profissional faz a limpeza com álcool da área do braço a ser penetrada pela agulha
  • A agulha é inserida na veia. Esse procedimento pode ser feito mais de uma vez, até que o profissional de saúde acerte a veia e consiga retirar o sangue
  • O sangue coletado na seringa e colocado em um tubo
  • O elástico é removido e uma gaze é colocada no local em que o profissional de saúde inseriu a agulha, para impedir qualquer sangramento. Ele ou ela pode fazer pressão sobre a bandagem para estancar o sangue
  • Uma bandagem é colocada no local.

Tempo de duração do exame

O exame de colesterol total e frações leva poucos minutos para ser realizado, podendo demorar mais nos casos em que o profissional de saúde tem dificuldade para acertar a veia coletar o sangue.

Recomendações pós-exame

Não há nenhuma recomendação especial após o exame. O paciente pode fazer suas atividades normalmente. Como é exigido jejum, o paciente poderá se alimentar após a coleta.

Periodicidade do exame

  • A cada 5 anos para adultos saudáveis com idades entre 40 e 75 anos
  • A cada 12 meses para aqueles que usam medicamentos para o colesterol ou possuem fatores de risco para hipercolesterolemia
  • Crianças entre 2 e 10 anos com histórico familiar de colesterol alto devem fazer o exame conforme orientação médica

Riscos

Os riscos envolvidos na realização do exame de colesterol e frações são extremamente raros. No máximo, pode haver um hematoma no local em que o sangue foi retirado. Em alguns casos, a veia pode ficar inchada após a amostra de sangue ser recolhida (flebite), mas isso pode ser revertido fazendo uma compressa várias vezes ao dia.
Pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes ou tem problemas de coagulação podem sofrer com um sangramento contínuo após a coleta. Nesses casos, é importante informar o profissional de saúde do problema antes da coleta.

Resultados

Os resultados do exame de colesterol total podem demorar alguns dias para ficarem prontos. O medico ou médica irá analisar os resultados com base no seu perfil e dizer quais cuidados devem ou não ser tomados.
O colesterol total é que a soma de todos os valores de colesterol que podem ser medidos no sangue, que são o HDL, o LDL e o VLDL. O colesterol HDL é conhecido como o colesterol "bom", enquanto o colesterol LDL é o monitorado para risco de doenças cardíacas - conhecido como ?ruim?. O balanceamento destes níveis, somado ao perfil do paciente, é que definirá a necessidade de tratamento.

Valores de referência
Níveis de HDL normais são aqueles que se encontram na faixa de 40 a 60 mg/dl independente do paciente.
Já os valores normais de LDL variam de acordo com a categoria de risco do paciente em questão. Isso é feito por meio de escores, que somam pontos baseados no exame físico e historia do paciente. As pontuações foram divididas entre alto risco, baixo risco e risco intermediário:
  • Alto risco: pessoas com doença aterosclerótica (infarto, acidente vascular cerebral, obstrução arterial, claudicação intermitente), cirurgia de revascularização prévia, diabetes, doença renal crônica e hipercolesterolemia familiar
  • Baixo risco: pessoas que tem uma probabilidade menor que 5% em dez anos de acontecer um evento cardiovascular. Aqueles considerados de baixo risco, mas que tenham parentes de primeiro grau com doença prematura, passam a ser considerados de risco intermediário
  • Risco intermediário: mulheres com 5 e 10% de chances de sofrer um evento cardiovascular em dez anos e homens que tenham de 5 a 20% de probabilidade.
Dentro disso, a presença de fatores agravantes automaticamente torna o risco mais elevado. Esses fatores podem ser encontrados em exames de imagem (ultrassonografia das carótidas, ecocardiograma e tomografia de coração), exames laboratoriais (sangue e urina) e medidas clínicas. Depois da avaliação, o tratamento é adequado ao risco da pessoa. Quanto maior o risco, mais agressivo o tratamento.

Pensando na relação entre colesterol alto e eventos cardiovasculares, os limites de colesterol são:
  • Pacientes de alto risco: LDL abaixo de 70 mg/dL
  • Pacientes de risco intermediário: LDL abaixo de 100 mg/dL
  • Pacientes com baixo risco devem ter seus limites de colesterol individualizados pelo médico. Entretanto, geralmente tolera-se níveis de colesterol LDL até 160 mg/dL
Valores de referência segundo a V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose - 2013.
Resultados anormais
Se os resultados do seu exame de colesterol total e frações estão acima do normal, isso significa que você está em maior risco para doenças cardiovasculares. O principal foco do tratamento para diminuir esse risco é o colesterol LDL, que está diretamente relacionado a eventos cardíacos - quanto mais alta a taxa, maior o risco de complicações.
O colesterol LDL responde relativamente pouco a mudanças de estilo de vida, por isso é necessário o uso de medicamentos. Entretanto, hábitos saudáveis não devem ser abandonados, uma vez que essas medidas reduzem o risco cardíaco independente da contagem de colesterol. Dieta balanceada, prática de atividade física e cortar vícios como o cigarro são medidas decisivas para redução do risco cardíaco.

O que pode afetar o resultado do teste

O hormônio estrogênio pode alterar os níveis de colesterol HDL e triglicérides. Com a chegada da menopausa, os níveis de colesterol podem mudar. Por isso é recomendo repetir o exame de colesterol total após a menopausa ou interrupção da menstruação.

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/saude



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