Sintomas e tratamentos
Consumo de açúcar
Não é verdade que uma pessoa com Diabetes não pode ingerir açúcar. Por exemplo, numa situação de hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) moderada, o açúcar é sem dúvida o melhor tratamento, porque sendo rapidamente absorvido pelo organismo, permite que a pessoa tenha uma subida imediata da glicemia (nível de açúcar no sangue), e que atinja com a maior brevidade os valores normais.
O Açúcar dos doces
O açúcar presente nos doces não serve para tratar um hipoglicemia, porque, devido à existência de outros nutrientes - como por exemplo, a gordura - não tem uma absorção rápida, tendo que passar por todo o processo de digestão até chegar ao sangue.
Por este motivo facilmente se conclui que uma pessoa com uma hipoglicemia, não a conseguirá tratar corretamente se ingerir um bolo, um gelado ou um chocolate.
Será melhor reservar estes alimentos para ocasiões especiais, de preferência fazendo a seguinte compensação: reduzir a quantidade dos outros hidratos de carbono (arroz ou batata ou pão) dessa mesma refeição.
Há outras circunstâncias, em que as pessoas podem ingerir os hidratos de carbono “extra” do doce e compensar com a terapêutica, mantendo desta forma as glicemias estáveis. Trata-se de pessoas com diabetes tipo 1 que fazem insulina de ação rápida às refeições. A insulina de ação rápida, como o seu nome indica, atua rapidamente no organismo, permitindo que o açúcar ingerido não se acumule no sangue.
Neste caso a pessoa pode fazer mais insulina a contar com os hidratos de carbono existentes no doce.
No entanto nem todas as pessoas com diabetes tipo 1 administram insulina de ação rápida às refeições e relativamente a quem administra, se este tipo de compensação for feita muitas vezes, acaba por contribuir para um aumento de peso e da gordura corporal, (como acontece com qualquer pessoa que coma doces muitas vezes) que nenhum benefício lhe trará e irá contribuir para um pior controlo da diabetes.
O açúcar
Existem vários tipos de açúcares, são exemplo: a sacarose, a glucose, a dextrose, a frutose, a maltose, a maltodextrina, o xarope de glucose, o xarope de milho, a geleia de milho, o açúcar invertido, o melaço e também o mel.
Com exceção da frutose, a maioria dos açúcares, quando ingeridos isoladamente, são rapidamente absorvidos pelo organismo, provocando um aumento dos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia). Quando são utilizados como ingrediente de algum alimento, como um bolo, por exemplo, o açúcar é absorvido mais lentamente, devido à presença de outros nutrientes que necessitam passar pelo processo de digestão, e por isso não servem para tratar uma hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue), mas contribuem para aumentar o valor calórico desse produto.
Adoçantes
Os adoçantes não são todos iguais. Existem essencialmente dois tipos de adoçante: os calóricos e os não calóricos.
Adoçantes calóricos
Os polióis são adoçantes com cerca de metade das calorias do açúcar, deste grupo fazem parte o manitol, o xilitol, maltitol, lactitol, o isomalte e o sorbitol. Este tipo de adoçantes pode ser consumido por pessoas com diabetes, mas quando ingeridos em excesso (mais do que 10 gramas por dia, no adulto) podem provocar cólicas intestinais ou até diarreia.
É importante referir que, no caso das crianças ou de pessoas com uma menor constituição física, as quantidades diárias devem ser menores.
Sabia que a frutose não deve ser utilizada como adoçante?
A frutose é um exemplo de adoçante calórico, ela existe na fruta mas também pode ser comprada nos supermercados para ser utilizada. Este adoçante contém as mesmas calorias que o açúcar e também aumenta a glicemia, no entanto a sua absorção é mais lenta que a do açúcar. Por outro lado, quando consumida em excesso, pode contribuir para o aumento dos níveis de gordura no sangue, nomeadamente dos triglicerídeos, como também pode aumentar a resistência à insulina.
Adoçantes não calóricos
Este tipo de adoçantes tem mais vantagens do que os adoçantes calóricos, já que não aumentam os níveis de glicemia nem de triglicerídeos (gordura existente no sangue) e ajudam a controlar o peso.
Os adoçantes não calóricos são: a sacarina, o aspartame, o acesulfame de potássio, a sucralose, o ciclamato de sódio e o estévia. Estes adoçantes são bons para adoçar alimentos ou bebidas como o chá ou o café, no entanto tenha atenção às quantidades porque estes têm maior poder adoçante que o açúcar.
Por vezes existe a ideia de que a utilização de adoçante é prejudicial para a saúde, no entanto sabe-se que se não for consumido em excesso não há qualquer perigo.
Para garantir que a dosagem ingerida seja sempre bastante inferior aos limites considerados seguros, são utilizados nos produtos alimentares dois ou três destes tipos de adoçante, para que a quantidade de cada um seja reduzida.
É ainda importante referir que o aspartame pode perder o poder adoçante quando é aquecido e é contraindicado em pessoas com a doença fenilcetonúria. A fenilcetonúria é uma doença do foro genético que faz com que os alimentos que contenham uma substância chamada fenilalanina provoquem uma intoxicação do sistema nervoso podendo causar danos irreversíveis. O tratamento destas pessoas passa essencialmente por fazer uma dieta 100% isenta de fenilalanina para toda a vida, uma vez que o aspartame contém fenilalanina ele não pode ser consumido por portadores desta doença.
Nenhum destes adoçantes é aconselhado a crianças com menos de dois anos, e a sacarina e o ciclamato de sódio são desaconselhados para grávidas e lactantes.
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