Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) – Definição, Estatísticas e Prevalência, Factores de Risco, Sinais Clínicos, Sintomatologia, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados de Enfermagem
Sintomas e tratamentos

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) – Definição, Estatísticas e Prevalência, Factores de Risco, Sinais Clínicos, Sintomatologia, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados de Enfermagem


A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença caracterizada por limitação crónica dos débitos respiratórios, acompanhada por dificuldade respiratória, tosse, e aumento da produção de expectoração. A DPOC surge em doentes com bronquite crónica e enfisema, caracteriza-se por obstrução persistente das vias aéreas e diminuição dos débitos expiratórios. Na maioria das vezes a obstrução é progressiva embora possa ser parcialmente reversível e acompanhada de hiperactividade brônquica.                                                                    
                                                                                                              (SANTOS et al; 1998,p.32)

Tipos Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Principais Sinais e Sintomas Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Bronquite Crónica

Enfisema Pulmonar

Fisiopatologia da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Doente com DPOC

ZOZAYA citado por CAMON (1996,p.149) define doença crónica como  "...qualquer estado patológico que apreende uma ou mais das seguintes características: que seja permanente, que deixe incapacidade residual, que produza alterações patológicas não reversíveis, que requeira reabilitação ou que necessite de períodos longos de observação, controlo e cuidados.”

Da DPOC não fazem parte a Asma, as bronquiectasias, a fibrose quística, a bronquioIite e a obstrução das vias aéreas superiores. A DPOC e a Asma podem coexistir. No entanto, DPOC é diferente da Asma.

Diferenças Entre  Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e Asma

Causas Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Causas de Asma

Consequências da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Tipos de Alteração (Físicas e Psicológicas) da Doença:

Mecanismo da Doença:

Limitações Fisiológicas da Tolerância ao Exercício na DPOC:

Estatísticas e Prevalência da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

A DPOC constitui uma importante causa de morte e de incapacidade em todo o mundo. É a 6ª causa de morte a nível mundial, a 5ª na Europa e noutros países desenvolvidos e a 4ª nos Estados Unidos da América.

Em Portugal estima-se que a DPOC atinja 5,56% do total da população. Um em cada dez adultos com mais de 40 anos poderá ter DPOC.

O crescimento da DPOC é incrível. Calcula-se que em 2020 a DPOC seja a 3ª causa de morte a nível mundial, logo após as doenças de coração e os acidentes vasculares cerebrais.

Factores de Risco Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Alterações causadas pelo fumo:

Sinais Clínicos Comuns Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Principais Sintomas Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Evolução dos Sintomas na DPOC

Escala do Medical Research Council

Sintomas de Alerta Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Diagnóstico Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

O diagnóstico da DPOC baseia-se numa avaliação dos factores de risco e dos sintomas, sendo, posteriormente, confirmado com uma espirometria (um teste da função pulmonar que serve para orientar o tratamento, avaliar a resposta terapêutica e monitorizar a evolução).

O grau de gravidade da DPOC estabelece-se segundo o grau de obstrução brônquica determinado pela espirometria, na qual é conferida a capacidade pulmonar do paciente.

Graus de Gravidade de DPOC

Doente em Risco de DPOC - Presença de tosse crónica e produção de expectoração em indivíduos expostos à inalação de partículas ou gases nocivos. A função pulmonar, avaliada através de espirometria, é normal.

Grau I: DPOC Ligeira - Caracteriza-se por limitação ligeira do débito aéreo e, em regra mas nem sempre, acompanha-se de sintomas.

Grau II: DPOC Moderada - Caracteriza-se por agravamento da limitação ventilatória e, geralmente, por progressão de sintomas, desenvolvendo-se dispneia em situação de esforço.

Grau III: DPOC Grave - Caracteriza-se por uma limitação ventilatória mais grave. A repetição de exacerbações tem impacto negativo na qualidade de vida do doente e requer controlo apropriado, podendo colocar a vida em risco.

Grau IV: DPOC Muito Grave - Caracteriza-se por limitação ventilatória muito grave associada, frequentemente, a insuficiência respiratória crónica ou falência do coração direito.

Tratamento Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Os Objectivos do tratamento da DPOC são:

Cuidados de Enfermagem Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Manutenção das vias aéreas permeáveis: treino respiratório, cinesiterapia respiratória, fluidificação das secreções, administração de oxigenoterapia e terapêutica.

Prevenção e controlo de infecções: erradicação de factores irritantes brônquicos, despiste precoce de sintomas, vacinação anti-gripe, higiene oral e alimentar. 

Aumento de tolerância a esforços e capacidade de auto cuidado: alternância de esforços, aumento gradativo de actividades e reacondicionamento muscular.

Apoio psicossocial.

Competências para cuidar o doente com DPOC:

Plano de Cuidados Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Impacto Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Cuidados Médicos Indicadores da incapacidade progressiva da doença:

Factores que contribuem para a desnutrição:

Conduta Nutricional na DPOC:

Acreditava-se que o doente deveria consumir uma dieta rica em gordura para diminuir a carga de CO2, mas, evidências científicas sustentam que o uso de dietas ricas em gorduras são escassas e não convincentes, segundo dados mais recentes, os doentes têm menos dispneia após um suplemento rico em hidratos de carbono do que após um rico em gordura.

Alimentação:

Reabilitação Respiratória:

Segundo SANTOS et al (1998,p.26) deverá existir uma continuidade de serviços multidimensionais, dirigidos a pessoas com doenças respiratórias e a suas famílias, através de uma equipe interdisciplinar tendo por objectivo atingir e manter o nível máximo de independência do indivíduo e de funcionalidade na comunidade.

Componentes Clássicos do Programa de Reabilitação

Educação utente/família

Medidas gerais:

Objectivos do Programa de Reabilitação (Fortalecimento Muscular e Readaptação ao Esforço)

Técnicas de Conservação de Energia

Orientações gerais:

Oxigenoterapia:

O uso de oxigénio suplementar é o tratamento chave para as doenças pulmonares avançadas. Ele ameniza a falta de ar, melhora a memória, os músculos do corpo e a sensação de bem-estar.
A oxigenoterapia contínua (pelo menos 15 horas por dia) prolonga a vida de doentes com DPOC. Está indicada em doentes com SpO2 ≤ 88% ou pO2 ≤ 55mmHg.

Oxigenoterapia Ideal:

A FiO2 deve ser alta o bastante para prevenir a hipoxia tecidular, mas baixa o suficiente para evitar a retenção de CO2. Em seguida, é preciso usar outras terapias para aumentar ao máximo a função pulmonar, uma vez que é este o factor limitante dos pacientes com DPOC.

Educação para a Saúde:

É essencial ensinar os doentes acerca da patologia e da sua evolução motivando-os a integrar-se na equipe como membros activos e actuantes e não como consultores passivos e aparentemente obedientes. O doente tem de ser ensinado e responsabilizado pela autogestão da sua doença, e aos familiares deve ser dado conhecimento da intervenção adequada a adoptar em cada momento.

Assim, a actuação em enfermagem passa por dar poder aos doentes, de forma a que mobilizem e reconheçam as suas forças e recursos, adquiriram conhecimentos e desenvolvam competências e atitudes que melhorem as suas capacidades.

Plano de Alta Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica:

Caso Clínico Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Paciente com DPOC é submetido a oxigenoterapia e apresenta melhoria imediata. Depois de algum tempo o doente falece.

  hipercapnia (aumento PaCO2) e hipoxia (diminuição PaO2)

A sensibilidade ao CO2 pelo centro respiratório está deficiente pelo alto nível da PaCO2 constantemente. Desse modo uma porção importante do estímulo respiratório é devida à hipoxemia. Assim, a oxigenoterapia elevada aumenta a PaO2, o que diminui a frequência e amplitude do estímulo respiratório, reduzindo volume-minuto efectivo, acarretando retenção de CO2, acidose respiratória e consequentemente morte.

Outra Hipótese:

O aumento da PaO2, resultante da administração de O2, pode aumentar o espaço morto devido à reversão da vasoconstrição hipóxica pulmonar. Tal reversão aumentaria a perfusão de áreas com pequena ventilação, desviando sangue de áreas bem ventiladas, resultando em alterações da relação ventilação/perfusão, aumento do espaço morto e, consequentemente, da PaCO2.

 http://www.nhs.uk/Conditions/Scurvy/Pages/Introduction.aspx




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