Droga que Controla o Autismo é Desenvolvida
Sintomas e tratamentos

Droga que Controla o Autismo é Desenvolvida


O controle do autismo, problema que se caracteriza pela disfunção no desenvolvimento psiconeurológico, social e lingüístico, pode estar próximo.

Cientistas estão testando uma droga capaz de "consertar" a síndrome que atinge cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.

Uma das principais autoridades no estudo do autismo no mundo, Muotri publicou em novembro do ano passado um artigo na revista científica "Cell", em que demonstra como ele e sua equipe conseguiram consertar neurônios afetados pela Síndrome de Rett, uma das formas graves de autismo e que provoca várias complicações neurológicas.

A solução para o Rett veio por meio de uma droga que amplia a presença de insulina nas células doentes. O trabalho de Muotri repercutiu no mundo acadêmico e lançou esperanças de que seria possível, com o mesmo fármaco, tratar outras formas de autismo.

O cientista fez palestra ontem em São Paulo, promovida pela ONG Autismo e Realidade, para estudantes, médicos e pais de autistas, e disse que é exatamente nisso que a sua equipe está trabalhando agora.

- Saímos do Rett e estamos lidando com o autismo de origem desconhecida, em que a gente não tem noção do que está acontecendo geneticamente. Tudo que conseguimos fazer com o Rett, até agora, reproduzimos com o autismo - comentou.

Segundo o pesquisador, há muita semelhança entre os neurônios afetados pela Síndrome de Rett e pelo autismo clássico. As células, em ambos os casos, têm morfologias semelhantes.

- São células menores, com arborizações e número de sinapses (conexões) reduzidas - explicou.

O medicamento desenvolvido para controlar Rett já vem sendo testado por outras equipes de pesquisadores em pacientes comprometidos pelo autismo nos Estados Unidos e na Itália.

- Ela ainda causa muitos efeitos colaterais mas, no equilíbrio de prós e contras, decidiu-se usá-la. Agora a evolução desses pacientes está sendo acompanhada - comentou o cientista.

De acordo com Muotri, o medicamento se mostrou eficaz em laboratório, mas ninguém pode garantir agora que vai recuperar o cérebro de pessoas afetadas pelo autismo, e afirmou que o fármaco precisa ser aprimorado.

Ainda são necessários testes de validações e ensaios de toxicidade. Isso pode levar dez anos, diz o pesquisador.

- Encontramos uma combinação capaz de reverter e consertar a célula em nível sináptico, fazendo com que o neurônio autista se comportasse normalmente. Sou um cético, nem eu acreditaria no começo da pesquisa, mas meus dogmas vêm sendo colocados à prova porque temos um modelo em laboratório que funciona - acrescentou.
(O Globo)



loading...

- Adultos Que Vivem Com Transtorno Do Espectro Do Autismo - Alojamento E Emprego
Muitos adultos com Autismo continuam a viver na sua casa de família e alguns são atendidos por membros da sua família. Cuidar de alguém com uma deficiência pode ser um desafio, no entanto, e os pais podem precisar de apoio adicional. Se você está...

- Sinais De Autismo Podem Ser Detectados Por Contato Visual
Pessoas persuasivas e boas oradoras sabem que olhar nos olhos é uma importante estratégia de comunicação. Manter contato visual facilita a compreensão do que o outro fala, passa a impressão de que se está atento, seguro e é uma arma de convencimento...

- Fazer Uma Nova Vacina é Muito (mas Muito) Difícil
Quais são os principais passos do desenvolvimento de uma vacina? PublicidadeEm geral, é um caminho longo e complicado que leva muito tempo. São de dez a 15 anos para desenvolver uma nova solução para uma doença infecciosa. É preciso primeiro...

- Um Bicho Para Os Autistas
  A presentar-se para pessoas desconhecidas, pedir informações ou responder a perguntas. Esse tipo de interação é difícil para as crianças com autismo. A não ser que elas convivam com um animal de estimação.É isso o que aponta uma pesquisa...

- Autismo: Novidades Sobre O Diagnóstico E O Tratamento Do Transtorno
Todos os dias, são divulgados na internet entre 60 e 70 novos artigos sobre autismo", revela o neuropediatra Rudimar Riesgo, professor de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e um grande estudioso desse distúrbio neurológico...



Sintomas e tratamentos








.