Gastrenterite
Sintomas e tratamentos

Gastrenterite


É uma inflamação do estômago e do intestino delgado, geralmente devido ao consumo de alimentos em mau estado ou contaminados, a qual se manifesta através de uma diarreia aguda.

> Causas
> Manifestações
> Evolução
> Tratamento
> Prevenção
> A importância dos líquidos

Causas
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A origem mais comum é de índole infecciosa - o consumo de bebidas ou alimentos que contenham microorganismos ou substâncias tóxicas elaboradas por micróbios (toxinas). Por isso, fala-se de gastrenterite infecciosa ou de intoxicação alimentar. Os microorganismos capazes de provocar tal patologia são tão variados (tanto podem ser bactérias como vírus) que acabam por resistir à acção do suco gástrico ou tão numerosos que acabam por superar as defesas do tubo digestivo. Até pode acontecer que a irritação intestinal não seja causada pelos próprios micróbios, mas sim por toxinas já presentes nos alimentos antes do seu consumo.
Também existem inúmeras causas não infecciosas de gastrenterite como, por exemplo, uma transgressão dietética importante, o consumo de produtos em mau estado ou que tenham ultrapassado o prazo de validade ou de alimentos tóxicos (como os cogumelos venenosos), uma sensibilidade pessoal ou alergia a determinados alimentos como ovos ou marisco), o excesso de bebidas alcoólicas, etc.

Manifestações
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A sintomatologia surge pouco tempo depois de o alimento contaminado ter sido consumido: ao fim de uma a seis horas, se a patologia se dever a uma ingestão de toxinas bacterianas, ou de um a dois dias, caso se trate de uma infecção microbiana.
A principal manifestação é a diarreia, com evacuações mais brandas e frequentes do que o normal, ainda que as suas características dependam da origem da patologia. Se o problema for causado por toxinas bacterianas, costumam normalmente ser muito moles, quase líquidas, acompanhadas por uma dor abdominal moderada e possivelmente não será muito grave. Por outro lado, quando se trata de uma infecção microbiana, as evacuações são moles, mas menos volumosas, por vezes com a presença de sangue ou mucosidades nas fezes, frequentemente acompanhadas de dores abdominais do tipo cólico (dor rápida e forte nos intestinos) e, muitas vezes, de febre.

Evolução
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Regra geral, a doença evolui de forma favorável: os sintomas diminuem gradualmente e a doença cura-se em poucos dias. Caso o agente responsável seja uma toxina bacteriana, a sintomatologia costuma desaparecer num par de dias. Caso seja uma bactéria ou um vírus a invadir as paredes intestinais, a cura pode demorar mais alguns dias.
Em alguns casos, bem mais raros, produzem-se certas complicações directas, como graves lesões nas paredes digestivas, que ocorrem, sobretudo, quando a doença se deve a um microorganismo muito agressivo. Por outro lado, a doença adquire frequentemente características mais perigosas nas crianças e nos idosos. Contudo, esta doença, considerada banal nos países desenvolvidos que contam com boas infra-estruturas sanitárias, é uma das principais causas de morte nas crianças dos países em vias de desenvolvimento.

Tratamento
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O tratamento básico é simples: muito repouso, não consumir alimentos sólidos durante as primeiras 24 horas e tomar líquidos com abundância - água, sumos de fruta, infusões ligeiras e sem açúcar -, de modo a repor as perdas resultantes das evacuações e vómitos. À medida que os sintomas começam a desaparecer, pode-se iniciar o consumo de alimentos moles, como caldos de arroz ou cenoura, purés, etc., para passar progressivamente para uma alimentação normal, excluindo os produtos mais pesados e mais difíceis de digerir, como os lácteos, as carnes e as gorduras, até à total recuperação. Se a situação for grave e houver perigo de desidratação, pode ser necessário hospitalizar o paciente para acompanhar a evolução e, se for conveniente, colocá-lo a soro para repor os líquidos e sais. Caso se estabeleça a existência de uma infecção bacteriana, o médico pode receitar antibióticos para combater o microorganismo identificado na posterior análise da matéria fecal. Para além disso, e dependendo do caso, o médico também poderá prescrever medicamentos para combater os espasmos intestinais e para atenuar os vómitos.
Informações adicionais

Prevenção
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• Lavar bem as mãos ao preparar a comida e antes das refeições.

• Deitar para o lixo todos os alimentos que pareçam alterados (cor, textura, odor), tal como os enlatados que tenham ultrapassado o prazo de validade.

• Lavar bem as verduras cruas.

• Manter o leite e os derivados lácteos que assim o requeiram no frigorífico até serem consumidos.

• Não voltar a congelar alimentos previamente descongelados.

• Não manter durante muito tempo os pratos já cozinhados à temperatura ambiente.

• Não guardar as maioneses e outros molhos caseiros mais de um dia e sempre no frigorífico.

• Nos países tropicais, não consumir verduras cruas, apenas frutas que tenham sido descascadas pessoal¬mente e apenas consumir bebidas engarrafadas.


A importância dos líquidos
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O perigo mais habitual da gastrenterite corresponde à desidratação, já que o organismo perde uma grande quantidade de água e sais minerais, tanto através das fezes líquidas como dos vómitos. Por isso, é fundamental repor essas perdas para evitar as graves consequências da dita complicação, que pode até conduzir a um estado de choque. Uma boa fórmula para o prevenir consiste no consumo de sumos de fruta diluídos em alguma água, acrescentando até uma colher de café de sal por litro, quando as evacuações forem demasiado frequentes e líquidas ou quando os vómitos forem muito repetidos e intensos (neste caso, é conveniente beber pequenos goles, cerca de quinze em quinze minutos).

Esta medida é essencial no caso das crianças, cujo organismo acusa logo a perda de líquidos e sais - há produtos específicos para esta situação à venda nas farmácias.
Fonte:http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=27



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