Sintomas e tratamentos
Liberdade...
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Atualização 10/03/2016: Dia 08 completou sete meses que eu fiquei completamente "limpa".
Dezesseis dias que eu não tomo o clonazepam (Rivotril). Já não sinto mais nenhum efeito da abstinência. Muito diferente das outras vezes quando eu tentei parar de tomar. O que eu fiz de diferente? Sinceramente, eu não sei, mas desconfio que o meu psiquiatra tem algo a ver com isso.
Na primeira consulta que eu tive com meu psiquiatra ele me falou que o clonazepam é o pior medicamento para quem tem o diagnóstico de transtorno da personalidade borderline porque para quem sente um vazio tão grande quanto esse, um medicamento como o clonazepam é muito perigoso, afinal você toma, e magicamente esse vazio passa, some, entra numa realidade paralela e você vira um bobo alegre e se sente nas nuvens, em um lugar onde nada te machuca e tudo fica tão... bom... até o efeito passar...e o vazio volta tão dolorido (ou mais) do que antes, dando um tapa bem dado (e real) na sua cara, te lembrando que um remédio tão pequeno não vai resolver seu problema. Mas o remédio é tão...bom. Você quer que o vazio suma. Por favor. Só quer que a dor acabe. Chega de sofrimento. É tão simples. Destaca o remédio, engole, puff, sumiu. E assim começou meu inferno. O que começou com 0,5 mg, terminou com 4 mg por dia ou mais. A dor precisava parar...
Então esse mesmo psiquiatra me mostrou o bloco da receita do clonazepam e disse que raramente ele tirava uma folha dali e tirou uma para mim. Foi aí que eu caí na realidade. Eu tinha ido até lá principalmente pela folha, para continuar mentindo para mim mesma que o clonazepam resolvia alguma coisa, mas não só ele piorava o meu quadro como não servia para nada. Nunca serviu. E no dia seguinte eu diminui, fui reduzindo a dose, até parar de vez. E aqui estou eu, dezesseis dias depois de tomar o último comprimido. Os primeiros quatro dias são os piores. Eu sofri com a abstinência: frio e calor ao mesmo tempo, tremores, enjoo, ansiedade alta e taquicardia. Depois tudo isso diminui até que parei. Mas não se engane...isso varia muito de pessoa para pessoa e depende da dose que a pessoa toma e por quanto tempo a pessoa tomou...Eu não deixei de ter borderline por que parei de tomar o clonazepam, aliás é muito mais difícil passar pelos momentos de desregulação emocional sem "droga" para me esconder, mas eu tenho que fazer o que tenho que fazer. Superar um vício exige muita disciplina e só eu sei o quanto tem sido difícil, porém é libertador não depender mais de um comprimido.
PS: Outra coisa que eu gostaria de deixar claro é que o rótulo de 'borderline' só é importante para o psiquiatra. Ele precisa saber os medicamentos certos. Fora ele, pode tirar o rótulo fora e me chamar pelo nome, ok? Fora isso, eu sou um ser humano com uma desregulação emocional e uma dor. Qualquer pessoa está sujeita a isso. Qualquer pessoa está sujeita a ter um vício, um surto psicótico, um surto de raiva... Eu não escrevo apenas para borderlines. Eu escrevo para pessoas que se interessem em me ler. Simples assim.
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