Sintomas e tratamentos
Mudanças para diminuir cesáreas no Brasil não surtiram efeito
Pouco mais de um mês após entrar em vigor as novas regras da ANS (Agência Nacional de Saúde) para redução das taxas de partos cesarianos no Brasil, as mudanças com a resolução do governo não surtiram o efeito desejado.
A iniciativa baseada nas diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde) com o objetivo de diminuir o número de cesáreas eletivas e incentivar os médicos obstetras a acompanhar o parto fisiológico com segurança e acolhimento individualizado, foi feita de forma equivocada.
A justificativa para a não redução das cesáreas no país se deve a alguns vieses referentes a processos culturais. O fato de expor o médico como o possível agente causal não redundou em mudança de taxas. O assunto está mais bem exposto no portal da ANS, porém não consta na publicação.
Dessa forma, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) entende que a resolução do governo cria obstáculos aos médicos no atendimento às parturientes no sistema suplementar: o parto é encaminhado para a rede pública ou se torna exclusivamente particular, diferente do que vinha sendo praticado.
Quando se tem indicação de um parto cesariana, seja para preservar a vida da mulher ou do bebê, não existe conflito. A situação se torna nebulosa pelo fato de muitas cesáreas serem feitas por opção da gestante. Isso ficou claro em estudos clínicos que evidenciaram que o medo da dor é um fator independente na escolha da via de parto
A Febrasgo acredita que uma resolução não seja uma medida suficiente para mudar a cultura da cesariana no país. Cabe citar, como exemplo, o ocorrido na província de Monterrey, no México, onde uma lei focando o mesmo assunto não alterou as estatísticas.
Nos preocupamos constantemente para que o processo assistencial ao parto assegure a saúde do binômio maternofetal – fundamentais à qualidade do atendimento e ao respeito à vida. A mudança do modelo da assistência e a modificação da ambiência onde ocorrerá o parto são necessárias para que a norma seja efetiva e surta os efeitos desejados.
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/opiniao
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