Sintomas e tratamentos
Por um verão livre do Aedes aegypti
A dengue costuma ser a grande vilã do verão. Porém, esse ano, conseguiu reforço e vem acompanhada de outras duas doenças: o zika e a chikungunya! Todas elas transmitidas pelo famoso Aedes aegypti.
“Com as viagens constantes nessa estação e o deslocamento de brasileiros no Carnaval, os problemas que atingiram tão fortemente o nordeste têm previsão de chegar ao Brasil inteiro! Logo, é importante saber se prevenir”, explica o Dr. Werciley Júnior, infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia, de Brasília. Saiba como identi car cada uma das doenças, além dos principais sintomas, tratamentos e formas de afastar o transmissor.
IDENTIFICAÇÃO
Essa trinca de doenças virais tem sintomas muito parecidos, mas algumas particularidades de cada infecção podem ajudar na hora de reconhecer o problema. Febre, dor no corpo e mal-estar são sintomas comuns às três. Porém, cada uma tem um desses sinais mais em evidência. “No caso da dengue, a febre é bem alta e o mal-estar muito forte. Quando o assunto é o zika, além de febre e mal-estar, o paciente apresenta conjuntivite, algo bem mais intenso do que a simples dor nos olhos da dengue. Já a chikungunya é perceptível pela intensa dor nas articulações que, muitas vezes, impede o paciente de andar normalmente. Esse sintoma vai além das dores no corpo causadas pela dengue”, diferencia o especialista.
■ Zika: provoca uma febre incômoda, em torno dos 38 graus, e dores de cabeça e no corpo, além de mal-estar com possível presença de enjoo. O paciente ainda apresenta conjuntivite e pode ter manchas vermelhas na pele. Em alguns casos, também pode sentir coceira no rosto e no corpo. Embora o zika não ofereça risco de morte, há fortes suspeitas de que o contágio em mulheres grávidas possa causar microcefalia em bebês, ou seja, a criança nasce com o cérebro menor do que o esperado e tem problemas no desenvolvimento. “Foi observado um alto número de recém-nascidos com microcefalia em áreas mais pobres do país, onde há desnutrição e condições financeiras desfavoráveis. Logo, não há como afirmar com certeza que o mosquito seja o responsável pela doença. Afinal, há outros fatores envolvidos”, explica o especialista.
■ Dengue: se divide em clássica e hemorrágica. Os sintomas da primeira são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos (incômodo para piscar, por exemplo), mal-estar generalizado (náuseas, tonturas, vômitos), moleza e dores no corpo. Bastante desconfortável, não apresenta riscos de morte. No caso da dengue hemorrágica, soma-se aos sinais da versão clássica, fortes dores abdominais, sangramento pelo nariz e gengivas, dificuldade respiratória e sede excessiva provocada pela sensação de boca seca. “Nesse caso, o paciente piora rapidamente e em menos de 24 horas já está em uma condição bem debilitada. Assim, é importante seguir imediatamente para o hospital, pois a doença pode levar a vítima a óbito”, revela o infectologista. Combinado? Só no primeiro semestre de 2015, o Ministério da Saúde registrou 693 mortes causadas por dengue hemorrágica no país.
■ Chikungunya: os sintomas são semelhantes à dengue, com dores de cabeça, febre alta, mal-estar e cansaço. As fortes dores nas articulações são a grande diferença. O vírus ataca as juntas do paciente (dobras dos cotovelos, joelhos e mãos, por exemplo) causando inflamações no local, com dores intensas e inchaço. Os sinais aparecem em até sete dias depois da picada. “O grande problema da chikungunya é que as dores nas articulações podem durar meses até desaparecerem completamente. Já a febre baixa e o mal-estar se estabilizam”, alerta o Dr. Werciley. Boa notícia: ela não mata.
EM BUSCA DA CURA
“O tratamento para essas doenças é sintomático. Ou seja, cuidamos dos sintomas, pois não há remédios específicos”, explica o infectologista. Manter o corpo hidratado e controlar os sinais, como febre (mais forte no caso da dengue) e conjuntivite (típico da zika), é a melhor saída para quem for vítima de uma picada do Aedes. Atenção: não consuma remédios com ácido acetilsalicílico na formulação! A substância bloqueia o trabalho das plaquetas do organismo, que ficam em baixo número quando infectadas, e o paciente corre risco de sofrer hemorragia interna. “Esse ácido é encontrado em aspirinas, por exemplo. Procure orientação médica e não se automedique”, completa Werciley.
Há duas formas de prevenção: acabar com o foco do mosquito e se proteger. “Elimine água parada, mesmo que seja limpa, pois o Aedes se reproduz ali!”, alerta o expert. Atenção com baldes que coletam chuva, vasos de flores e caixas d’água destampadas. Além disso, aposte no repelente. “Tanto os industrializados quanto os naturais, como óleo de citronela, podem ser utilizados. A maioria requer reaplicação após duas horas”, avisa o especialista. Cuidado com os repelentes de tomada e velas de citronela: eles têm alcance de 5 m, deixando parte da casa desprotegida.
AEDES EM NÚMERO
■ No ano passado, 1,5 milhão de pessoas tiveram algum tipo de dengue no Brasil. Um um aumento de 176% em comparação a 2014. No caso da chikungunya, ocorreram 17 mil casos prováveis. Mais de seis mil se confirmaram.
■ Até novembro de 2015 foram notificados 739 casos suspeitos de microcefalia em 160 cidades de 9 estados. Pernambuco é o estado que mais registrou o problema. Foram 487 bebês identificados com a doença.
■ Além dos 43,9 mil de agentes de saúde que atuam normalmente contra o Aedes, mais 266 mil foram mobilizados para agir nas áreas em estado de alerta.
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