Suicídio infantil: reflexões sobre o cuidado médicoPara ler o artigo completo clique aqui.
Elisa Pinto Seminotti ([email protected])
Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) - Brasil. Especialista em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)-BR. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Palavras-chave: Suicídio, criança, medicina
Resumo
O suicídio na infância e na adolescência é um sério e crescente problema, que tem se constituído como uma questão de saúde pública. Mesmo que a sociedade não disponha de espaço para tal discussão - carregada de tabus, medos, crenças religiosas e pessoais -, as crianças também fazem parte do contingente de tentadores de suicídio e suicidas no país e no mundo. O suicídio, em todas as faixas etárias, está entre as dez principais causas de morte no mundo, sendo a terceira causa mais comum de morte em jovens com idades entre 15 e 34 anos, e a quinta mais comum em crianças de idade escolar. O suicídio é considerado uma tragédia familiar e pessoal, que causa sofrimento naqueles envolvidos com a vítima. Considerando a dificuldade que existe para diferenciar ideações suicidas, tentativas e suicídio completo entre crianças, principalmente pequenas, a intervenção clínica para apoiar e tratar crianças em risco é difícil, mas de vital importância, principalmente quando visamos à prevenção do ato suicida. Dessa forma, o médico, como profissional próximo à criança e à família, porto seguro destas quando algo vai mal, tem o papel fundamental de ser um profissional capacitado para lidar com os temas da morte e da morte produzida, compreendendo este processo e disponibilizando sua atenção especial para casos de tentativa ou de risco de suicídio. O cuidado do médico vem como uma estratégia para tentar evitar que o desfecho trágico ocorra, e para auxiliar a família a reduzir o sofrimento que abate a criança suicida.