A prática, criada há 20 anos na Rússia, é chamada de ginástica dinâmica para bebês.
A ginástica é legalizada no país e acredita-se que existam centenas de profissionais ministrando as aulas na Rússia. Um dos praticantes da ginástica e que ensina jovens mães é o psicoterapeuta Oleg Tyutin, que demonstrou para a BBC alguns dos movimentos com o bebê de Victoria Kurzina, Pavel, de apenas 17 dias.
Tyutin segurou a criança pelas pernas, de cabeça para baixo, e o balançou lentamente, como se o bebê fosse um pêndulo. Em seguida, Tyutin joga o bebê para cima e o pega de volta, segurando-o junto ao peito.
O psicoterapeuta afirma que a ginástica - que é legalizada no país, mas praticada apenas por profissionais da rede privada de saúde - é benéfica para os bebês.
"Quando eles nascem, os bebês são muito tensos", explicou Tyutin. "Eles têm medo do espaço amplo, aberto, em volta deles. Este procedimento ajuda o bebê a se adaptar ao novo ambiente, faz com que as crianças sejam mais abertas, mais sociáveis, mais relaxadas. Também os ajuda a se desenvolver mais rapidamente."
No entanto, depois da primeira aula de ginástica, a mãe de Pavel, Victoria Kurzina, não se sente confiante para fazer os exercícios sozinha com o filho.
"É um pouco assustador. Um especialista (fazendo a ginástica), bem, as mãos dele são firmes, ele tem toda a experiência, ele sabe o que fazer. Mas eu ainda estou aprendendo", afirmou.
Em janeiro, um vídeo que demonstrava a ginástica foi colocado no site YouTube e gerou uma série de reclamações de internautas.
O vídeo mostrava uma mulher russa balançando um bebê em volta de sua cabeça e ombros. O YouTube tirou do ar o vídeo depois que foi indicado como muito chocante, mas a mulher na gravação, a parteira Elena Fokina, criticou a medida.
"As pessoas na Europa estão acostumadas a criar os filhos com excesso de cuidados, eles têm medo de tudo", disse Elena à BBC, falando pelo telefone do Egito, onde ela está morando atualmente.
"Sinto muitíssimo que o vídeo tenha sido retirado, é triste que muitos pais percam a chance de ver que há outra forma de criar um bebê."
(leia aqui matéria na íntegra)