Sintomas e tratamentos
Tratamento Borderline
O tratamento para o transtorno de personalidade borderline inclui medicamentos prescristos por um psiquiatra tais como: anti-depressivos, anti-psicóticos e estabilizadores de humor concomitantemente com sessões de terapia.
Um número de medicamentos é usado em pacientes com TPB.
Devido ao fato de o transtorno ser considerado primariamente uma condição psicosocial, a medicação tem mais como função tratar as comorbidades, como ansiedade e depressão, do que o transtorno em si. Antidepressivos são usados para melhorar o sentimento de vazio e antipsicóticos são usados para diminuir os quadros de automutilação e os sintomas dissociativos.
Já os estabilizadores de humor são usados para como diz o próprio nome estabilizar o humor. A escolha e a administração dos medicamentos varia de paciente para paciente, e as terapias indicadas especificamente para o borderline são as que veremos a seguir.
Terapia Comportamental Dialética
Estabelecida nos anos 1990, a terapia comportamental dialética se tornou uma forma de tratamento do TPB, originada principalmente como uma intervenção para pacientes com comportamento suicida.
Essa forma de psicoterapia deriva da terapia cognitivo-comportamental e enfatiza a troca e negociação entre o terapeuta e o cliente, entre o racional e o emocional, e entre a aceitação e a mudança.
O tratamento tem como alvo os problemas com a automutilação.
O aprendizado de novas habilidades é um componente principal, incluindo consciência, eficácia interpessoal, cooperação adaptativa com decepções e crises; e na correta identificação e regulação de reações emocionais.
Outra forma de terapia que também se estabeleceu nos anos 1990 e tem como base uma aproximação integrativa derivada de técnicas cognitivas-comportamentais juntamente com relações objetais e técnicas da gestalt.
Esta terapia se direciona aos mais profundos aspectos da emoção, personalidade e esquemas (modos fundamentais de relacionamento com o mundo).
A terapia também foca o relacionamento com o terapeuta (incluindo um processo de quase paternidade), vida diária fora da terapia, e experiências traumáticas na infância.
Terapia Cognitivo-Comportamental
A TCC é uma forma de psicoterapia que se baseia no conhecimento empírico da psicologia. Ela abrange métodos específicos e não-específicos.
E apesar de ser o tratamento psicológico mais usado em doenças mentais, parece ter menos sucesso no TPB, devido parcialmente às dificuldades no
desenvolvimento de uma relação terapêutica e aderência à terapia.
Um estudo recente descobriu que resultados com essa terapia aparecem, em média, depois de 16 sessões ao longo de um ano.
Terapia Matrimonial ou Familiar
A Terapia matrimonial pode ajudar na estabilização da relação matrimonial e na redução dos conflitos matrimoniais que podem piorar os sintomas do TPB.
A Terapia familiar pode ajudar a educar os membros da família acerca do TPB, melhorar a comunicação familiar, e prover suporte aos membros da família ao lidar com a doença de seus amados.
Com o ensino de Jacques Lacan, a clínica psicanalítica progrediu muito no que diz respeito ao tratamento deste quadro.
Assim oferece a possibilidade para o paciente de fazer novos ajustes, o que, consequentemente, provoca o apaziguamento dos sintomas e do sofrimento psíquico.
Dificuldades na Terapia
Existem desafios únicos no tratamento do TPB.
Na psicoterapia, por ser bastante sensível à rejeição o paciente pode reagir negativamente (por ex, se mutilando ou abandonando a terapia) se de alguma forma sentir que o terapeuta não gosta dele e pode vir a rejeitá-lo.
Além do mais, profissionais da área podem se distanciar emocionalmente dos indivíduos com TPB por auto-proteção devido ao estigma associado com o diagnóstico.
Serviços Mentais de Recuperação
Alguns indivíduos com TPB às vezes necessitam serviços mentais extensivos e têm sido contados como 20% das hospitalizações psiquiátricas.
A maioria dos borderlines continua usando tratamento fora do hospital por muitos anos. A experiência dos serviços varia.
Acessar os riscos de suicídio pode ser um desafio para profissionais da área mental (e pacientes tendem a subestimar a letalidade de seus atos) já que a taxa de suicídio é muito maior entre pacientes borderline do que entre o restante da população.
Borderlines são descritos pelos funcionários hospitalares como extremamente difíceis de lidar.
Tendo em conta que personalidade não se muda, chega-se então à conclusão que não existe nenhum tratamento de fato curativo para o TPB.
Porque o transtorno de personalidade não é uma doença!
Mas, se e quando, adequadamente medicado e com abordagens psicológicas aplicadas corretamente, o borderline aprenderá a lidar melhor com seu sofrimento.
Conseguirá também conter o sofrimento causado às pessoas que estão ao seu redor, e conseguirá levar uma vida praticamente normal.
(fonte: Salada Médica ; Wikipedia)
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