Sintomas e tratamentos
Vem aí a pílula rosa
Em 1998, médicos americanos foram autorizados a receitar o primeiro remédio para tratar a disfunção erétil. Começava a era da pílula azul, que espantou o fantasma da impotência entre milhões de homens e se tornou um sucesso mundo afora. Quase duas décadas depois, expectativa parecida ronda a ala feminina. O FDA, agência que regula a venda de medicações nos Estados Unidos, aprovou a comercialização da flibanserina, comprimido que combate a falta de libido. Pelo visto a era da pílula rosa está para começar.
O remédio, que é rosa de verdade, tem ação bem diferente do medicamento masculino. Ele interfere no sistema nervoso para aplacar o chamado transtorno de desejo sexual hipoativo (TDSH) em mulheres que ainda não chegaram à menopausa. Embora a novidade seja alardeada como o “Viagra feminino”, experts pedem um pouco de cautela. “Ela abre uma nova possibilidade e, se bem indicada, terá seu espaço. Mas não vai resolver o problema da mulher de uma hora para outra”, opina a psiquiatra Camila Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP).
Uma das razões para o ceticismo de alguns é a natureza dos entraves sexuais no organismo feminino. Diferentemente dos homens, nas mulheres não há um bloqueio biológico único à vontade de transar. A falta de tesão tem origens múltiplas: psicológicas, hormonais e sociais (pense em um casamento escorrendo pelo ralo). “Até doenças ginecológicas, como a endometriose, podem derrubar a libido” lembra a médica Flávia Fairbanks, da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo. E nesses casos, a flibanserina não surtiria efeito.
A pílula rosa, originalmente um antidepressivo, auxiliaria a reverter a situação interferindo em neurotransmissores. Só que seu efeito não é instantâneo (outra diferença em relação ao comprimido dos homens). As mudanças aparecem após quatro semanas de uso contínuo.
Mexer com a bioquímica cerebral foi, inclusive, um dos motivos por trás da demora para o produto entrar no mercado. Em 2010, o mesmo FDA vetou o composto, pois considerou que os riscos do medicamento eram maiores do que os benefícios – 13% das participantes tiveram que abandonar os testes por causa de efeitos colaterais como fadiga, sonolência e náuseas. Apesar dos avanços recentes, a eficácia da pílula continua em debate. Do outro lado, há depoimentos emocionados das voluntárias americanas que usaram o remédio e disseram que ele fez diferença em sua vida. A aprovação abre caminho para sua entrada no Brasil.
Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude/saude-e-vital/vem-ai-a-pilula-rosa
loading...
-
Pílula Promete Simular Os Benefícios Do Exercício
Parece bom demais para ser verdade e, por enquanto, é mesmo. Cientistas estão desenvolvendo a “pílula dos exercícios físicos", que têm mostrado certo potencial. "Todo mundo está procurando uma pílula para substituir a atividade física, é...
-
Mitos E Verdades Sobre A Pílula Anticoncepcional
A pílula anticoncepcional oral é um dos mais eficazes métodos de contracepção, as modernas pílulas com conteúdo hormonal reduzido, provocam baixos índices de alterações metabólicas, pressão arterial e peso corpóreo, de forma que os potenciais...
-
Pílula Do Dia Seguinte Trazem Mais Riscos Que Benefícios
A pílula do dia seguinte costuma ser usada por algumas pessoas com muita frequência, interpretada como uma solução prática para evitar a gravidezindesejada sempre que algum imprevisto acontece. No entanto, esse recurso é indicado apenas para...
-
Os Riscos Da Pilula
Os números assustam: por ano, a cada 10 mil mulheres, perto de uma dúzia tem problemas ligados ao uso desse anticoncepcional - segundo uma ampla revisão de estudos realizada em 2013 pela Agência Europeia de Medicamentos. Apesar de não serem frequentes,...
-
Antibióticos Que Cortam Efeito Da Pílula: 4 Deles Que Elevam Suas Chances De Engravidar
Apesar da ciência não ter comprovado que antibióticos alteram a ação do anticoncepcional, histórias de mulheres que engravidaram durante o tratamento de infecções são mais comuns do que se imagina. Entenda por que isso acontece.Quais...
Sintomas e tratamentos