Sintomas e tratamentos
O jeito bagunçado de ser eu
Créditos: Google Imagens
Estava procurando uma imagem que definisse como eu me sinto desde que o vazio começou a me perturbar e essa não poderia ser melhor. O que vejo no espelho, o que entendo ser eu mesma não passa de algo sem contorno, sem definição, deformado, olhar vazio, apagado, ás vezes tomado pela raiva, ás vezes tomado pela tristeza, pela angústia, pelo desespero, poucas vezes tomado pela alegria ou satisfação. Quase nunca senti a presença de algo que pude chamar de "eu mesma" e, quando senti, vocês puderam testemunhar nas postagens deste blog. Parece que as raízes que esse "eu" havia criado não eram tão profundas e se eram não estao conseguindo fazer com que eu me mantenha firme o suficiente para suportar a avalanche de acontecimento que vem acontecendo neste exato momento.Comemorei a estabilidade muito cedo...
Eu tenho variado a cada minuto. Explosões de raiva, crise de choro, ódio mortal, tristeza profunda, gargalhadas sem sentido, pontadas de angústia, desespero, impulsos de suicídio, e muita, muita dor que se espalha tão rápido quanto um impulso elétrico. Pessoas estão sendo feridas emocionalmente sem que eu consiga protegê-las, e eu estou sendo manipulada sem que eu possa me proteger. É um jogo torturante e minhas defesas tem caído uma após a outra. Como a minha própria decisão de sair de um ambiente tóxico para me proteger pode estar causando mais dando a mim mesma? Eu fiz isso por mim. Eu estou tentando salvar a minha vida, mas eu estou vendo a minha mente entrar em pânico e não estou conseguindo ser o suporte do qual ela necessita. É claro que tenho grandes amigos e profissionais ao meu lado, mas, no fim do dia, sou eu comigo mesma, e é exatamente isso que não tem funcionado. É como se eu tivesse dado um tiro no pé. Eu fiquei mais confusa em sair da minha própria casa, apesar de saber que poderia ser o melhor para mim. Uma parte de mim simplesmente não queria ir, era o meu espaço, as minhas coisas, a minha rotina, eu não estava pronta para uma mudança tão repentina. Eu simplesmente não estava. E agora eu tenho que encarar esse meu lado me cobrando obsessivamente com a pergunta angustiante: porque você fez isso? porque você tomou essa decisão? o que você queria provar?
Eu não sei o que eu queria provar. Acho que eu realmente acreditei que isso iria me ajudar e ajudar as outras pessoas, porém, aos poucos fui descobrindo que muita coisa foi escondida de mim e, muita coisa que eu acreditava não era bem a realidade. Ou talvez eu esteja apenas sendo manipulada. Ou manipulando. Eu não sei mais quem eu sou. Aquelas belas raízes que estavam crescendo, eu não as vejo mais e isso me faz querer ajoelhar e chorar. Eu estou as procurando, desesperadamente, eu preciso delas agora, eu estou com medo, cansada, e muito apavorada. Eu não consigo mais me acalmar. Eu me sinto estúpida, terrível, má, e acredito que a maioria das pessoas que tem algo assim se sinta dessa forma na hora que toma uma decisão grande como a que eu tomei, então estou sendo sincera, eu me sinto culpada, muito culpada. Parece que eu sou a pessoa errada nessa história, e, sinceramente, estou começando a crer nisso. Parece que a minha vida não vale tanto a pena assim, eu não devia ter feito o que eu fiz, devia ter ficado lá e suportado todas as minhas emoções querendo me matar. Eu devia ter ficado lá e suportado o ambiente hostil. Ou será que eu inventei tudo? Eu não sei. Eu não sei em qual versão da história eu devo acreditar. Só sei que o problema é dentro de mim e só eu que devo arcar com isso... sozinha agora. E me sinto culpada. Muito culpada.
Não estou manipulado, nem querendo chamar atenção. Eu não sou vítima. Eu sou responsável pela minha doença, meus sintomas, eu tomo minha medicação corretamente, faço meu tratamento direitinho. Mas não é o suficiente. E eu não sei o que aconteceu. Só pode ter sido eu que fiz algo errado. Sinto muito. Mesmo. Eu sou uma bagunça quando estou sem máscara. Eu sou um demônio quando estou com raiva. E sou um vazio tremendo quando estou triste. O problema todo nesse minha vida foi que eu senti demais.
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