Reacções Anafiláticas - Definição, Fisiopatologia, Estatísticas e Incidência, Etiologia, Manifestações Clínicas, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados de Enfermagem
Sintomas e tratamentos

Reacções Anafiláticas - Definição, Fisiopatologia, Estatísticas e Incidência, Etiologia, Manifestações Clínicas, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados de Enfermagem


A Anafilaxia é uma reacção de hipersensibilidade grave, sistémica ou generalizada, em que existe risco de vida. É normalmente, mas nem sempre, mediada por um mecanismo alergénico, frequentemente por IgE. Mas também pode ocorrer anafilaxia mediada por um mecanismo imunológico que não a IgE. Reacções anafiláticas não alérgicas, denominadas anafilactóides ou pseudo-alérgicas, também podem ocorrer.
                                                                      Johansson SGO et al JACI 2004,113:832-6

 Uma reacção Anafilactóide é uma reacção sistémica imediata que se assemelha a uma reacção anafilática, porém a libertação dos diversos mediadores ocorre directamente dos mastócitos, sem a participação da IgE.

Tipos de Anafilaxia

1 - Anafilaxia Idiopática

2 - Anafilaxia Bifásica e Prolongada

Fisiopatologia Reacções Anafiláticas

Uma reacção anafilática começa quando o alergeno penetra na corrente sanguínea e reage com um anticorpo da classe da imunoglobulina E (IgE). Esta reacção estimula as células a libertarem histamina e outras substâncias envolvidas nas reacções inflamatórias imunes. Em resposta, as vias aéreas pulmonares podem contrair e causar sibilos; os vasos sanguíneos podem dilatar e causar hipotensão arterial; e as paredes dos vasos sanguíneos podem permitir o extravasamento de líquido e causar edema e urticária. A função cardíaca pode ser comprometida, com batimentos irregulares e bombeamento de sangue inadequado. O indivíduo pode entrar em choque anafilático.

Choque Anafilático

O choque anafilático é a forma mais grave de reacção de hipersensibilidade, desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos. Os sinais e sintomas podem ter início segundos após a exposição ao agente ou até uma hora depois. O quadro típico é o de colapso cardiorespiratório em poucos minutos. A avaliação e o tratamento imediatos são fundamentais para evitar a morte.

Classificação de Gell e Coombs das Reacções de Hipersensibilidade

Estatísticas e Incidência das Reacções Anafiláticas

Risco de Anafilaxia

Sinais e Sintomas de Reacções Anafiláticas

 Reacções Anafiláticas Etiologia

Alergenos Alimentares mais comuns:

Anafilaxia Induzida por Látex

Manifestações Clínicas Reacções Anafiláticas

Pele:

       Prurido, Urticária, Palidez, Sudorese, Angioedema (principalmente dos lábios, língua e garganta).

Sistema Cardiovascular:

          Taquicardia, Hipotensão, Arritmias Ventriculares.

Sistema Nervoso:

       Ansiedade, Desorientação, Tonturas, Parestesias, Convulsões, Perda de Consciência.

Sistema Digestivo:

       Dor abdominal, Náuseas, Vómitos, Diarreia.

Sistema Respiratório:

          Edema das vias aéreas superiores e inferiores, Dispneia, Sibilos, Estridor, Cianose,

Congestão Pulmonar:

       Sabor metálico na boca, Sensação de morte iminente.

Diagnóstico de Reacções Anafiláticas

O primeiro elemento de diagnóstico é a demonstração da exposição ao alergeno. Geralmente isto é evidente, como no caso de uma picada de insecto ou administração de um antibiótico ou meio de contraste radiológico. No entanto, nos casos em que não é evidente o causador da reacção anafilática, não é recomendável atrasar o tratamento devido à rápida progressão dos sintomas, que em muitos casos podem terminar fatalmente em questão de minutos.  Pode ser confirmado, ou excluído, através de testes laboratoriais (medida de triptase sérica) ou através de outros testes mais específicos.

Diagnóstico Diferencial

Co-morbidades e Medicamentos Relevantes na Anafilaxia

Especificidade da Doença - Reacções Anafiláticas

Critérios Clínicos para o Diagnóstico

Anafilaxia é altamente provável quando um dos três critérios seguintes é preenchido:

1. Início agudo (minutos a algumas horas) com envolvimento da pele, mucosa ou ambas (ex. urticária generalizada, prurido, edema labial, língua ou úvula) e pelo menos um dos seguintes:
    a. Comprometimento respiratório (broncoespasmo, estridor, hipóxia);
    b. Comprometimento cardiovascular (hipotensão, colapso).

2. Após exposição ao alergeno ocorrem dois ou mais dos seguintes:
    a. Envolvimento da pele ou mucosa;
    b. Comprometimento respiratório;
    c. Comprometimento cardiovascular;
    d. Sintomas gastrointestinais persistentes (ex. cólicas e vómitos).

3. Hipotensão após exposição a alergeno conhecido para aquele paciente (minutos a horas).

Tratamento Reacções Anafiláticas

Tratamento Preventivo

Cuidados na Administrarão de Medicamentos

Complicações Tardias Reacções Anafiláticas

Cuidados de Enfermagem

Educação para a Saúde Reacções Anafiláticas

Quem está sob risco?

Qualquer pessoa, mas principalmente os alérgicos a alimentos como nozes, amendoim, frutos do mar, peixe, leite, ovo, picada de insectos, látex e drogas.

Quando pode acontecer?

Em minutos após contacto da pessoa alérgica com o agente desencadeante.

Como saber?

Vários sintomas ocorrem ao mesmo tempo como o prurido palmo-plantar e do couro cabeludo, espirros, urticária, rubor, dificuldade para respirar, vómitos, diarreia, tontura, confusão mental ou choque.

Onde pode acontecer?

Em qualquer lugar.

Como proceder?

Injectar adrenalina, chamar o serviço local de atendimento de urgência, e notificar os familiares do paciente (nesta ordem). Actue rapidamente. A reacção anafilática pode ser leve assim como fatal.

Por que é necessário o acompanhamento?

A anafilaxia pode ocorrer várias vezes. Os agentes desencadeantes devem ser confirmados, e estratégias preventivas de longo prazo devem ser implementadas.

Importante:

A reacção bifásica pode ser responsável até 20% dos casos de anafilaxia, refratária ao tratamento inicial e podem levar ao óbito. Ocorre nas primeiras 8 horas após a resolução do 1º evento, podendo recorrer até 72 horas após.

Medidas para reduzir a prevalência de mortes por Anafilaxia
Obter história minuciosa da alergia;

Evitar substâncias que tenham reacção cruzada com a substância a que o paciente é sensível;
Preferir administrar fármacos por via oral;

Verificar o nome dos fármacos nos rótulos das embalagens;

Manter o paciente por 20 a 30 minutos na unidade de saúde após a administração de injecções;

Orientar o paciente para usar cartão de identificação de alérgico;

Ensinar ao paciente a auto aplicação de adrenalina;

 Suspender o uso de beta-bloqueantes e outras medicações que possam prejudicar o tratamento dos pacientes de risco, se possível;

Após o atendimento de emergência o paciente deve ser referenciado a um médico especialista para ser avaliado na busca da identificação do agente causal e da prevenção de novos episódios.

 http://www.nhs.uk/Conditions/Scurvy/Pages/Introduction.aspx




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