Tentar mais uma vez
Sintomas e tratamentos

Tentar mais uma vez



Sim, lá vou eu mais uma vez em uma busca incessante por um psiquiatra que entenda pelo menos um pouco de problemas relacionados a personalidade borderline. Que não me diagnostique com outra coisa. Que não queira apenas me dopar. E, principalmente, que me ouça. 

Quem tem esse problema - ou qualquer outro transtorno mental - sabe que é essencial estabelecer uma confiança entre paciente e médico. Quando isso não acontece, o tratamento está fadado ao fracasso, foi por esse motivo que desisti de 3 psiquiatras em 2014. Se eu perder a confiança em algo, se minha intuição disser "não vá por aí", eu caio fora sem pensar duas vezes. Pode não ser muito racional, nem prático, mas é minha mente e meu sofrimento e só eu sei como é difícil lidar com isso, portanto só eu sei como me sinto na sala de um psiquiatra. 

Não é promessa de 2015 porque eu não faço promessas (não vou cumprir mesmo), mas sim uma afirmação de que eu vou continuar lutando por mim mesma, por minha sanidade e por uma vida mais tranquila. O ano de 2014 não foi legal comigo, acabei com dores crônicas que só passam com calmantes fortes, mas isso me dá mais força de buscar um novo tratamento e um novo psiquiatra, pois eu sei que as dores são causadas por problemas psicológicos. Traumas profundos. Raiva reprimida. E rancor guardado. Não quero mais nada disso, eu decidi trilhar um caminho diferente.

Decidi escutar o que há de mais profundo dentro de mim, mesmo sendo totalmente contra a razão. Não me entenda mal, a razão é muito útil para coisas do dia a dia, sociedade, e etc, mas não é nada útil quando se trata das emoções. A emoção tem uma lógica bem diferente. Todo mundo sabe disso, mas prefere não aceitar. Bem, eu aceito. Todos temos uma dualidade dentro da gente. A razão pode até sobreviver sem o irracional, mas aí seríamos todos iguais - e chatos, muito chatos. Acredito que deve haver um equilíbrio entre os dois, nem muito racional, nem muito irracional.  Em algum lugar aí no meio está a paz que eu tanto procuro. 

Vou começar 2015 reafirmando a frase que mentalizei quando percebi que não havia morrido: de que eu lutaria por mim, mesmo se ficasse sozinha, até minhas últimas forças. Porque sim, eu mereço uma vida melhor e sim, eu sei que eu posso. Todos podemos.



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