Aqui está um exemplo de uma carta de Joellen para Bill, que os dois compartilharam com o resto da lista de membros em um fórum sobre o TPB. (Joellen cita as declarações anteriores de Bill colocando-as entre aspas.)
Bill você disse:
"Um dia eu fui rotulado por ela como o mais amável, genuíno, sincero e gentil amante, e no dia seguinte fui reduzido a ser o maldoso, satânico, fascista e porco bagunceiro.
Não importa quão disponível eu estava ou quão amável eu tentasse ser, não havia simplesmente nada que eu pudesse fazer para preencher o profundo buraco de necessidade ou para parar a hemofilia emocional.
Eu comecei a andar sobre ovos e a ficar receoso cada vez que eu expressava minha real opinião sobre qualquer coisa por medo de começar uma discussão."
Isso é exatamente o que está acontecendo comigo.
Você não sabe quão contente eu estou de encontrar alguém que passou pela mesma situação que eu passo agora.
Me tranqüiliza saber que não estou sozinha. Eu sou constantemente repreendida se eu não paro tudo num instante e cumpro as suas exigências.
Ele me compara a suas ex-esposas e namoradas passadas e diz que, assim como elas, eu tenho minha própria agenda secreta e sempre tenho uma desculpa.
Dizer o que?! Uma noite eu estava indo ao médico e ele explodiu porque eu não fui com ele até a casa de um amigo. Ele continua zangado com isso, embora não toque mais no assunto.
Todo o raciocínio do mundo sobre o quanto eu tinha esperado pela consulta e como eu precisava ser pontual não ajudou porque, ele disse que eu apenas não sou confiável.
"Depois, eu comecei a perceber que no fim do expediente, eu chegava a ficar com dor de barriga só de pensar que dentro de algumas horas, eu teria que ir ver minha esposa."
Isso é o pior de tudo. Como você experimentou, eu agora nunca sei porque estou sendo atacada.
Se ele olha com raiva, eu gostaria de estar em qualquer outro lugar ao invés de aqui porque eu sei o que está vindo.
E, se ocorre uma discussão, eu vou embora porque apenas não suporto o quão loucamente furiosa ele me faz sentir por dentro.
Até esse ponto, eu sou rotulada de “covarde” ou estou constantemente abandonando-o.
Quando ele fala, meus intestinos começam a revirar e a tensão aumenta. Droga, eu só não quero brigar mais sobre pequenas coisas estúpidas e bobas. Não quero mais ser abusada física e verbalmente.
"Se, por algum motivo, eu tentava e expressava um limite ou uma necessidade, eu era ferozmente atacado pela minha “carência, comportamento controlador”. Em resumo, eu estava vivendo com Dr. Jekyll e Mr. Hyde, e eu era condenado se eu fizesse e condenado se não fizesse."
Exatamente. Um cenário de não-vitória. Eu continuo dizendo a mim mesma: 'Eu não posso vencer, eu não posso nem mesmo dar uma pausa, eu não posso nem mesmo abandonar o jogo'.
Eu me sinto como uma passageira nesse ônibus borderline do inferno, eu só quero que a maldita coisa se exploda ou pare para que eu possa sair.
Mas se eu sair do ônibus, eu estarei sozinha com minha auto- estima na sarjeta.
Infelizmente, depois de quase quatro anos, eu fiquei acostumada a isso.
(fonte: trecho extraído do livro Stop Walking on Eggshells)
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