Sintomas e tratamentos
De crise em crise...
Mudei de psiquiatra e tive minha primeira crise psicótica desde que comecei com ela e dessa vez...não fui decepcionada. Ela me ligou assim que visualizou a mensagem e vai me atender antes de 30 dias, no caso, amanhã. Esse feedback foi extremamente positivo para mim, pois criou o elo de confiança que eu perdera com o psiquiatra anterior. Já não penso mais em abandonar o tratamento.
Não estou mais extremamente agressiva, mas ainda sofro com as crises. Ainda falo e faço coisas das quais eu não lembro. Toda a lembrança que chega em mim é enevoada, como se fosse um filme mudo, eu vejo que estou descontrolada, mas não sei o que estou dizendo. É bem complicado viver assim.
Eu parei a fluoxetina e comecei com o lítio. Acho que estou trocando doze por meia dúzia, pois se a fluoxetina era o medicamente errado e me dava mais agressividade, o lítio pode denegrir o meu físico (rins, fígado e etc) com o tempo. Chega a ser maldade da situação fazer-nos escolher entre saúde mental ou saúde física, apesar da psiquiatra falar que se monitorar bem, não vai acontecer nada, mas tem que monitorar, isso quer dizer que há possibilidade de acontecer algo.
Eu não repeti a última meditação e voltei a minha meditação budista do bom e velho sentar e entoar mantras. Isso me acalma - mas nem tanto. Ao menor sinal lá estou eu novamente gritando, falando e me contorcendo como se o mundo fosse acabar e eu não tivesse mais controle sobre mim. Isso é frustrante. Muito frustrante.
Apesar de ser desanimador para mim e para as pessoas envolvidas no meu inferno particular eu ainda não desisti. É isso que vim dizer, não importa quantas crises você tenha, fique mais e mais forte, levante, lute, corra, não deixe a mente doente te vencer, busque a cura para ela. Ela NÃO é você!!! E aqui estou eu, mais uma vez, de crise em crise, com a esperança de que existe uma cura sim, eu só não encontrei o caminho - ainda.
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