Sintomas e tratamentos
Eu sou um ser humano, não sou exemplo
O primeiro post não ficou bom, então vou tentar novamente. Eu sou um ser humano, não um robô. Eu juro que tentei agradar todo mundo, mas essa tarefa é impossível. Tudo o que eu consegui foi um bando de exigências que, por mais que eu cumprisse, nunca eram suficientes. Eu poderia ser qualquer coisa, menos eu mesma.
Como ser humano, eu sou falha, terrivelmente falha. E, nos últimos anos, vivi pressionada, sob os olhos julgadores de todos as pessoas ao meu redor, da sociedade, e, ultimamente da internet, tudo o que escrevo, compartilho, tiro foto, edito, falo e até o que penso passa por um filtro mental através da maldita pergunta: "O que será que irão pensar de mim?". Muitas vezes, eu escrevo, apago, escrevo, apago, compartilho, apago, choro, e sucessivamente, por medo, vergonha, culpa. Meu juiz interno é cruel, os juízes externos também são. Aí entra a expectativa. Ser humano tem muito disso. Eu tenho. Eu sempre coloquei as pessoas lá em cima, e no primeiro erro, descartava, sem a menor chance de defesa, só porque elas não concordavam comigo, ou não faziam o que eu queria. Um exagero tremendo, e eu sei disso. Era apenas meu cérebro, e eu não tinha nem consciência, nem controle total. Eu preferia ter razão do que viver em paz. Hoje tenho consciência e controle graças a medicamentos e terapias, e posso escolher a paz.
Mas eu falho, eu sou uma pessoa que não sei nada, e por não saber de nada, continuo estudando, procurando, me aprimorando. Jamais tive a pretensão de me tornar uma "estrelinha", uma espécie de modelo, um exemplo de pessoa, eu não sou nada disso. Eu erro bastante. Minha vida não é pública, meus sentimentos aqui sim, são. Eu tenho medo de ser quem eu sou, porque tremo de vergonha de ser julgada. Tem dias que são bem ruins, eu não escrevo por medo de acharem que regredi. Bobagem minha. Maldito juiz! Cada dia que passa eu demonstro menos que eu realmente sou, por medo do quanto serei julgada.
Eu não vim aqui levantar bandeiras, nem fazer ninguém acreditar em nada, ao contrário de uns e outros por aí. Eu sou apenas uma pessoa comum com um transtorno de personalidade e que, por acaso, resolveu falar abertamente sobre isso. Só isso. Por acaso, eu tenho facilidade com as palavras e as pessoas se identificam com isso, bem, algumas. Eu não estou aqui para criar ou preencher expectativas e vazios de ninguém. A única coisa que eu desejo é deixar uma mensagem de esperança, mesmo que, ás vezes, eu mesma a perca.
Eu quero que as pessoas com transtornos mentais sintam-se validades e encorajadas a dizerem o que pensam, sem medo de serem julgadas, e mesmo quando sejam, fiquem fortes e lembrem-se que tem a si mesmas. Não importa se você estiver sozinho agora, você tem a si mesmo, então não está só.
Eu sou um ser humano, não sou um exemplo. Eu faço um monte de bobagem. Dou risada de piadas que, provavelmente, eu não deveria, escuto músicas que não condizem com minha idade, gosto de filmes independentes, sangrentos, e gosto de falar sobre direitos das mulheres, das minorias, desde que não seja na internet. Assuntos delicados, ao meu ver, são feitos para serem ditos olho no olho. É, eu sou uma farsa mesmo. Minha válvula de escape para suporte da dura realidade é o álcool. Agora eu estou apenas mostrando o que eu sou, sem tanta exigência para que eu apenas concorde com a opinião do fulano ou do outro, ei, eu tenho a minha opinião! E esse é meu tom. Eu sou forte, escrevo como pessoa forte que sou. Ás vezes, eu sou mais "light", mas geralmente eu apenas sou forte. A única coisa que eu sempre quis na minha vida inteira foi ser livre para ser eu mesma. E nunca consegui me libertar das algemas mentais. Pouco a pouco, estou conseguindo, e, de repente, me deparo com uma sociedade me aprisionando com exigências sociais. Não. Eu estou colocando a minha exigência: eu sou minha. Ninguém encosta na minha mente. Ninguém me diz o que devo ou não pensar a partir de agora.
É, eu sou apenas um ser humano, como você, como qualquer um. Não quero que concorde comigo, por favor. Mas se discorda, não seja mal. Você pode dizer o que quer através da crítica bem construída. Aliás, eu não sou formadora de opinião, eu, no máximo, sou considerada escritora por algumas pessoas. Um escritor inspira. E, acredite, isso é muito. Eu quero inspirar o seu melhor. Se eu não estiver fazendo isso, saia daqui, e desconsidere tudo. Não é essa a intenção.
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