Sintomas e tratamentos
Waking Madison / O Trigésimo dia
Essa semana um amigo me indicou o filme acima dizendo que lembrou de mim. Eu li a sinopse e fiquei bastante curiosa, pois tratava-se de uma mulher com personalidades múltiplas que se trancou em seu apartamento 30 dias para descobrir porque ela estava tão doente.
O filme não é nota 10, tem suas falhas e tudo, mas acho que o importante é a mensagem. Quando você realmente quer melhorar existe uma força (talvez o Self - O Eu Interior) que te ajuda a atingir seu objetivo se ele for realmente do fundo do coração.
A família dela não era bem estruturada, a mãe era uma fanática religiosa e a Madison via "pessoas que não existiam" desde pequena, mas em vez de levarem ela ao médico (ter amigos imaginários é normal até certa idade) a mãe achava que era o diabo e acabava maltratando e machucando a garota. Fazia-a recitar partes da bíblia e pedir perdão pelos pecados - mesmo sendo uma criança.
Eu lembrei um pouco do meu martírio, pois minha avó é um pouco fanática em relação a religião, ela é católica e, por causa dela, acabei fazendo muitas coisas que eu realmente não queria, eu não concordava com o que estava escrito na bíblia, eu gostava do catecismo, mas achava que estavam fazendo alguma coisa com a minha mente, e na minha primeira comunhão eu estava tão "pirada" que achava que via Jesus. Nada contra a religião, desde que você seja adulto e tenha escolhido seguir uma. Sou contra lavagem cerebral e influenciar crianças a seguirem religiões, pois sei o quanto o fanatismo pode ser fatal. No meu caso, eu quase rompi totalmente com a realidade.
Achava que minhas doenças mentais eram porque deus me odiava e eu estava sendo castigada por ter nascido. Achava que o diabo havia me amaldiçoado de alguma forma e em muitos momentos fui tomada por uma personalidade totalmente fanática que achava que a salvação viria através dos padres e do papa.
Eu fiz o mesmo que a Madison, me isolei em casa dizendo estar estudando, quando na verdade estava lidando com os carrascos da minha mente e percebi que muitas personalidades que tomavam conta de mim tinham a ver com o fato de eu ser obrigada a ser uma "boa menina" ou então Deus me castigaria severamente.
Chorei bastante durante o filme, porque eu me vi em muitas cenas. Era muito difícil lidar com tudo aquilo sozinha. E muito perigoso porque eu sabia que a qualquer momento eu poderia me desconectar da realidade para sempre. E eu me apeguei a minha própria força, a minha persistência e teimosia para "conhecer" cada personagem que minha mente havia criado para poder fazer os papéis que me eram exigidos e então eu consegui me despedir de todas elas e viver na realidade.
Recomendo o filme, viu? Faz refletir. Depois falo mais sobre o fanatismo religioso na minha vida.
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