Sintomas e tratamentos
Apenas uma reflexão
Todos os direitos reservados. Foto tirada por mim.
Estive de férias nestas últimas semanas e viajei durante o dia 20 a 25 de novembro para uma pequena cidade do interior. Achei que tudo ia ser lindo e maravilhoso, mas já no primeiro dia eu tive uma crise borderline que estragou o dia. Tudo bem, ainda restavam quatro longos dias. Eu melhorei, me droguei (rivotril) e fingi que podia seguir adiante, mas a vontade de morrer era gigante.
Nos outros dias acabei ficando fisicamente doente, minha pressão baixou, eu passei mal do estômago (com muito vômito) e fiquei dois dias sem conseguir comer ou me levantar da cama. Ou seja, férias bem frustradas! Mas eu não vim aqui reclamar e sim refletir. Enquanto passei alguns dias deitada em um hotel mais ou menos confortável pude perceber como a vida consegue ser efêmera. Eu não passava de um corpo inútil e sem forças, vulnerável, que nada podia fazer além de dormir. Como eu cheguei nisso? Era a pergunta que se passava pela minha mente. Eu sabia a resposta. Eu cheguei nisso quando eu me recusei a ser quem eu deveria ser e passei a atender às expectativas das pessoas ao meu redor. A culpa é minha, da personalidade borderline, das escolhas que eu fiz erradas.
Meu corpo estava claramente me dizendo que não suportava mais tanto peso na costas, tantos sapos engolidos, tanto orgulho ferido, tanto fingimento em demonstrar que está tudo bem quando estou desmoronando por dentro. Eu queria ter uma notícia melhor para dar. Queria estar curada, como estava MESMO me sentindo há algum tempo, mas eu mesma acho que me enganei. Era o que meu ego queria, mostrar que eu havia me superado e me curado, mas não, aqui estou eu, de joelhos, sob lágrimas, sangue e raiva, tudo ao mesmo tempo.
Ver meu corpo ali, deitado, sem reação, fragilizado e doente me fez perceber o quanto eu me deixei de lado, me abandonei, me reneguei, me vendi. A culpa é minha. Não é de mais ninguém além de minha. E com isso eu aprendi que a primeira pessoa de quem eu tenho que cuidar sou eu mesma, da minha saúde física, mental e emocional, não importa o que os outros pensem, o que eu vou perder, quem eu vou perder ou seja lá qual for a desculpa, é uma questão de vida ou morte agora. Não posso mais viver assim!
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